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Marcelo: Uma crise internacional repentina pode perturbar escolha da ONU
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse esta quarta-feira que uma crise internacional que surja de repente nalgum ponto do globo pode perturbar a escolha do novo secretário-geral das Nações Unidas (ONU), alterando o quadro actual.
Em declarações aos jornalistas, em Nova Iorque, o chefe de Estado referiu que, daqui até ao momento da decisão, é preciso ver "se não há nenhum factor na vida internacional que de repente perturbe aquilo que é o quadro da situação que hoje existe".
Sem falar de um lugar em concreto, o Presidente da República acrescentou: "Imagine que há num ponto qualquer do globo um afrontamento entre Estados Unidos e Federação Rússia".
"Como sabem, a coisa mais volátil que há, que mais muda, é a situação internacional. Uma crise num determinado ponto, um afrontamento noutro ponto, mesmo a nível dos membros países mais significativos, pode causar tensões e pode alterar o quadro que existe", advertiu.
Questionado se estava a pensar na Síria, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: "Pode haver [uma crise] nalgum ponto. Felizmente, não há neste momento um sinal de agravamento, para além do que já ocorreu nos últimos dias. Mas na vida internacional tem de se estar atento a esse tipo de fenómenos".
O Presidente da República defendeu que a candidatura do antigo primeiro-ministro António Guterres e a diplomacia portuguesa têm feito "tudo certo" e que esse é o quadro que actualmente existe. "Agora, há factores externos que não dependem estritamente, nas próximas semanas, daquilo que tem sido feito", salientou.