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"Hackers" anti-Holanda invadem dezenas de contas de Twitter

As mensagens colocadas em várias contas da rede social fazem referência ao referendo turco de 16 de Abril e apelidam Holanda e Alemanha de "nazis", depois de estes países terem impedido a realização de comícios políticos turcos em solo nacional.

Erdogan ainda mais poderoso: Caminhava calmamente rumo há muito pretendida presidencialização do regime quando, em Julho, o presidente da Turquia, Recep Tayyp Erdogan, foi importunado por uma tentativa de golpe de Estado. Erdogan não estava em Ancara e, via Facetime, pediu aos turcos que ocupassem as ruas e salvassem o actual regime. As ruas apoiaram Erdogan, que saiu reforçado. Entretanto o AKP de Erdogan está em negociações avançadas com o Partido do Movimento Nacional (MHP) para alterar a Constituição, mudanças que o tornarão ainda mais poderoso.
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Negócios 15 de Março de 2017 às 09:13
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As contas na rede social Twitter pertencentes a entidades como a Amnistia Internacional, a UNICEF nos Estados Unidos, o Parlamento Europeu ou a Forbes foram tomadas na manhã desta quarta-feira, 15 de Março, por "hackers" informáticos que propagaram mensagens de condenação à Holanda, na sequência da proibição de manifestações políticas da Turquia naquele país.

De acordo com o Financial Times, além das mensagens que comparam os holandeses aos nazis, os piratas informáticos alteraram a imagem de perfil de algumas contas, colocando no seu lugar a bandeira da Turquia ou do império Otomano. Além da Holanda, também a Alemanha é apelidada de nazi.


A intervenção ocorre dias depois de a Holanda ter proibido a realização em solo nacional de comícios no âmbito do referendo constitucional turco – incluindo o impedimento de entrada ou permanência de dois governantes do país – e no dia em que os holandeses vão às urnas para eleições legislativas que podem resultar na ascensão da extrema-direita. O texto colocado pelos "hackers" faz aliás uma referência ao referendo de 16 de Abril, "#16Nisan".

A BBC North America, que também viu a sua conta ocupada, reconheceu mais tarde, através da mesma rede social, que perdeu "temporariamente o controlo" da sua conta, mas que a situação foi entretanto normalizada.

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