Notícia
Governo chinês assume controlo de um banco pela primeira vez em duas décadas
O Estado chinês assumiu o controlo do banco Baoshang Bank, alegando que havia "sérios" riscos de crédito. É a primeira vez em 20 anos.
28 de Maio de 2019 às 07:52
O Governo de Xi Jinping decidiu esta segunda-feira, 27 de maio, assumir o controlo do banco Baoshang Bank durante um ano. Tanto os reguladores da banca como o Banco da China concluíram que a instituição corria "sérios" riscos de crédito.
Esta é uma decisão rara na história mais recente da China no que toca ao controlo estatal direto do setor bancário. Segundo a Bloomberg, tal não acontecia há 20 anos.
O Baoshang era um banco que fazia parte do conglomerado financeiro Tomorrow Group de Xiao Jianhua, o qual está a ser investigado pelas autoridades chinesas.
A queda do banco está ligada a transações não identificadas, fora do circuito normal e legal, que alguns pequenos bancos chineses fazem para contornar as regras que os restringe de emprestar dinheiro a mutuários com fraca resiliência financeira, assim como para a evasão de capitais.
Esta é uma decisão rara na história mais recente da China no que toca ao controlo estatal direto do setor bancário. Segundo a Bloomberg, tal não acontecia há 20 anos.
A queda do banco está ligada a transações não identificadas, fora do circuito normal e legal, que alguns pequenos bancos chineses fazem para contornar as regras que os restringe de emprestar dinheiro a mutuários com fraca resiliência financeira, assim como para a evasão de capitais.
Teme-se agora que esta decisão do Governo chinês comece a preocupar os investidores sobre a verdadeira qualidade dos ativos dos credores.
Uma das consequências mais imediata foi o aumento da desconfiança entre bancos, tendo a taxa interbancária (à qual os bancos emprestam dinheiro entre si) subido para máximos de um mês. Além disso, o índice da banca chinesa na bolsa de Hong Kong desvalorizou para mínimos de quatro meses.
A S&P Global alertou esta segunda-feira que a agressividade de alguns pequenos bancos chineses está "suscetível" a uma desaceleração económica uma vez que a sua "capacidade de gerir o risco" não vai conseguir aguentar com o "ritmo de crescimento alucinante".
Uma das consequências mais imediata foi o aumento da desconfiança entre bancos, tendo a taxa interbancária (à qual os bancos emprestam dinheiro entre si) subido para máximos de um mês. Além disso, o índice da banca chinesa na bolsa de Hong Kong desvalorizou para mínimos de quatro meses.
A S&P Global alertou esta segunda-feira que a agressividade de alguns pequenos bancos chineses está "suscetível" a uma desaceleração económica uma vez que a sua "capacidade de gerir o risco" não vai conseguir aguentar com o "ritmo de crescimento alucinante".