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China deixa de colocar limites a estrangeiros na banca

Até aqui, os investidores de fora da China só poderiam ter participações até 20% nos bancos nacionais, obstáculo que será levantado. Neste momento, a presença de bancos estrangeiros é, por isso, limitada.

Reuters
24 de Agosto de 2018 às 11:23
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Os investidores chineses e os investidores de fora da segunda maior economia do mundo vão ser tratados da mesma maneira no que à banca chinesa diz respeito.

 

De acordo com a agência Bloomberg, que cita um comunicado do regulador chinês (China Banking and Insurance Regulatory Commission), os limites à propriedade de bancos chineses por parte de investidores estrangeiros vão ser levantados.

 

Actualmente, os investidores de fora do país estavam impossibilitados de deter posições superiores a 20% num banco chinês – ou 25% caso se tratasse de um grupo de investidores.

 

Em causa está uma abertura da China em diversos sectores (numa altura de críticas dos Estados Unidos que conduziram à guerra comercial), que está a ser empreendida pelo presidente Xi Jinping. Donald Trump tem acusado a falta de reciprocidade nos investimentos chineses, já que entram no capital de empresas de fora do país mas dificultam depois o movimento inverso. Por exemplo, há vários investidores chineses na banca portuguesa, onde não há limites aos direitos de voto. 

 

A decisão anunciada é, na prática, a formalização da abertura de um sector financeiro que tem activos avaliados em 40 biliões de dólares (35 biliões de euros). Os bancos estrangeiros já existentes no país têm activos avaliados em cerca de 420 mil milhões de dólares (364 milhões de euros), de acordo com os dados divulgados pela Bloomberg. 

Os analistas contactos pela Bloomberg referem que há algumas razões para apreensão por parte dos investidores para além da abertura do sector. Desde logo, é preciso a garantia de que é possível repatriar o dinheiro do país. E, depois, ultrapassar o facto de o sector ser dominado por bancos detidos pelo Estado, o que traz receios sobre como concretizar o negócio. 

Na China, a CGD está presente através do BNU Macau, sendo que o BCP está "a planear o desenvolvimento de novos locais de negócios e oportunidades na Ásia, particularmente na China, onde possui já uma sucursal em Macau e um escritório de representação". 

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