Notícia
Gary Cohn apontado como provável sucessor de Yellen à frente da Fed
O site Politico avança que é cada vez mais provável que o presidente Trump não reconduza Janet Yellen para um segundo mandato como presidente da Reserva Federal. E acrescenta que se Gary Cohn quiser o cargo será dele.
A menos de um ano de terminar o primeiro mandato como presidente da Reserva Federal (a primeira mulher a fazê-lo), surgem notícias de que Janet Yellen poderá não prosseguir mais quatro anos na liderança da autoridade monetária americana a partir de Fevereiro de 2018.
De acordo com uma notícia avançada pelo Politico na noite desta terça-feira, citando quatro fontes conhecedoras do processo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estará cada vez mais inclinado para não reconduzir Yellen como presidente da Fed.
Segundo a mesma publicação, Gary Cohn (na foto mais à direita), director do Conselho Económico Nacional da Casa Branca e um dos conselheiros para a área económica mais próximos de Trump, perfila-se como sucessor de Janet Yellen. O Politico escreve mesmo que se Gary Cohn quiser ser líder da Fed então o cargo ser-lhe-á entregue por Donald Trump.
Yellen começa hoje um congresso de dois dias em que fará duas intervenções sobre política monetária, oportunidade que poderá ser aproveitada pelos jornalistas presentes para questionarem a líder do banco central mais relevante do mundo sobre a eventual não continuidade no cargo. Yellen deverá também abordar uma questão actualmente em voga, o porquê de a recuperação verificada na criação de emprego não estar a ser acompanhada pelo aumento dos salários, o que tem contribuído para que a taxa de inflação continue abaixo da meta de 2%.
No entanto, a escolha de Cohn, antigo presidente do Goldman Sachs, poderá reforçar a tensão entre Trump e parte do Partido Republicano, em especial a ala mais nacionalista do partido que dificilmente aceitaria a nomeação do antigo banqueiro para um cargo com a relevância política e económica inerente à presidência da Reserva Federal.
A Fed vive um momento particularmente importante, na medida em que colocou em curso o plano de retirada progressiva das políticas de estímulo económico implementadas na sequência da falência do Lehman Brothers. Só em 2017 o banco central já decretou duas subidas dos juros, sendo provável que ainda neste ano seja decretado pelo menos mais um aumento dos custos do dinheiro.