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Gary Cohn favorito para assumir liderança da Fed
A grande maioria dos economistas acredita que Donald Trump não vai renovar o mandato de Yellen à frente do banco central dos Estados Unidos.
Gary Cohn está a solidificar o favoritismo para assumir o cargo de presidente da Reserva Federal a partir de Fevereiro do próximo ano.
Uma sondagem da National Association for Business Economics (NABE), que está a ser citada pela Bloomberg, dá conta que os economistas não acreditam que o presidente dos Estados Unidos optará por reconduzir Janet Yellen à frente da Reserva Federal (FED).
Entre os inquiridos na sondagem conduzida entre 18 de Julho e 2 de Agosto, apenas 17% dizem que Yellen vai ter um segundo mandato na Fed. Dois terços acreditam que não será reconduzida e apenas 16% têm dúvidas sobre qual será a opção de Trump.
Entre os que descartam a continuação de Yellen (o actual mandato termina em Janeiro de 2018), 49% apostam que Trump vai escolher Gary Cohn, que é actualmente o director do Conselho Económico Nacional da Casa Branca e por isso um dos principais conselheiros de Trump.
Na semana passada existiram rumores de que Cohn também estava de saída do Governo de Trump, devido à opção do presidente dos Estados Unidos de não condenar de forma veemente e clara a violência de grupos de neonazis e supremacistas brancos em Charlottesville. Contudo, o antigo número 2 do Goldman Sachs desmentiu os rumores, levando os mercados a respirar de alívio, já que Cohn é um dos conselheiros de Trump com maior reputação junto dos investidores.
Na lista de favoritos para suceder a Yellen, um antigo governador da Fed, Kevin Warsh, surge a larga distância de Cohn, com 9%. John Taylor, economista da Universidade de Stanford, é o preferido de 6% dos economistas inqueridos. Glenn Hubbard, dean da Universidade de Columbia, surge com 4%.
Numa entrevista ao The Wall Street Journal, em Julho, o presidente norte-americano declarou que tem muito respeito pela actual presidente da Fed e que Yellen estava na corrida para o novo responsável pelas rédeas da Fed. Afirmou também que Gary Cohn era um candidato de peso para a ocupar aquela posição.
Economistas citados pela Bloomberg adiantam que a provável escolha de Cohn poderá trazer instabilidade aos mercados, já que não é conhecida a visão do actual conselheiro de Trump para a política monetária da maior economia do mundo.
"Temos um presidente não convencional, pelo que não será de estranhar que venhamos a ter uma escolha não convencional para liderar a Fed", afirmou à agência Richard DeKaser, economista do Wells Fargo e responsável do NABE.
Na entrevista ao WSJ, Trump manteve Yellen na corrida mas classificou-a como defensora de taxas de juro baixas. Na campanha antes de chegar à Casa Branca, Trump defendeu taxas de juro mais elevadas, para defender as poupanças dos norte-americanos.