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Trump promete alívio fiscal para a classe média

Em entrevista ao Wall Street Journal, o presidente norte-americano faz uma promessa vaga sobre a redução de impostos à classe média, coloca Yellen e Cohn na corrida à Reserva Federal e admite afastar o procurador-geral, Jeff Sessions

Reuters
26 de Julho de 2017 às 10:01
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Uma promessa clara mas vaga sobre redução de impostos à classe média. Em entrevista ao Wall Street Journal, Donald Trump reiterou que vai reduzir as taxas que se aplicam aos lucros das empresas, e admitiu que a reforma fiscal que está a preparar possa implicar um aumento de impostos sobre os mais ricos.

"Temos de tomar conta das pessoas de classe média deste país. Eles construíram este país. Começaram esta coisa maravilhosa que temos. E temos de tomar conta deles. Não tomaram conta deles, mas vamos fazer isso", afirmou o presidente norte-americano.

Trump tem sido vago em relação à classe média, ou ao montante de rendimentos até ao qual se definirá a isenção de impostos, e na entrevista não esclareceu o que pretende fazer.

Insistindo na redução da taxa sobre os lucros das empresas para 15%, admitiu aumentar os impostos para rendimentos mais elevados. "Se houver alguma revisão em alta será sobre os rendimentos mais altos", disse. "Tenho amigos ricos que me dizem que não se importam de pagar mais impostos", acrescentou.

Na conversa gravada esta terça-feira Trump afirmou que os candidatos na linha da frente para a presidência da Reserva Federal, cujo novo mandato começa no início do próximo ano, são Janet Yellen, que está à frente da instituição desde 2013, e Gary Cohn, ex-CEO do Goldman Sachs, entretanto nomeado director do Conselho Económico Nacional da Casa Branca. 

Apesar de ter dito que tem "muito respeito" por Janet Yellen, Trump também reiterou que Cohn, que tem sido apontado como o provável sucessor, está na corrida. "Ele ainda não sabe isso, mas sim, é [candidato]. Cohn, que tal como Ivana Trump acompanhou o presidente na entrevista, te-se-à rido e colocado as mãos nos ouvidos. "Isto é uma entrevista com o presidente", disse, recusando mais comentários. 

Trump afirmou que só tomara uma decisão no final do ano, ainda que seja necessária uma audiência parlamentar que confirme a escolha, num processo que, segundo prevê, "será rápido".

Durante a entrevista, o presidente voltou a criticar o procurador-geral dos Estados Unidos por ter recusado investigar o envolvimento da Rússia nas eleições de 2016, admitindo demiti-lo.

"Estou muito desiludido com o Jeff Sessions". Pode despedi-lo? "Poderia, mas vamos ver o que acontece. Eu nomei-o para o cargo e pouco depois disso ele recusou. Eu perguntei: o que se passa? Porque não me disseste que o ias fazer e eu não te teria nomeado?".

 

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