Notícia
Excedente comercial entre China e EUA atinge máximo de 2019 em junho
As exportações chinesas para os EUA baixaram, mas as importações caíram ainda mais, levando o excedente comercial em junho para um máximo de 2019.
A queixa feita pelo presidente norte-americano ontem no Twitter tem reflexo nos números divulgados esta sexta-feira, 12 de julho, pela administração chinesa e citados pela Bloomberg. A China comprou menos 31,4% bens aos EUA, o que contribui para que o seu excedente comercial em junho fosse o maior do ano.
As exportações chinesas para os EUA também caíram em junho, mas num grau menor (-7,8%). Assim, o excedente comercial - aquilo que Donald Trump pretende combater - fixou-se nos 29,9 mil milhões de dólares.
Ontem Donald Trump revelou no Twitter estar "decepcionado" com a China. "O México está a sair-se muito bem na fronteira, mas a China está a decepcionar-nos dado que não têm comprado produtos agrícolas dos nossos grandes agricultores como tinham dito que iriam", denunciou Trump, referindo estar "esperançoso" de que comecem a fazê-lo "em breve".
Após as tréguas firmadas no G-20 no final de junho, os negociadores chineses e norte-americanos têm estado em conversações. Esta semana foi tornado público um telefonema entre duas equipas, o primeiro desde o acordo entre Trump e Xi Jinping.
"Os dados confirmam a nossa perspetiva de que as tarifas elevadas têm um impacto negativo na economia nacional [da China]", afirmou Tao Wang, analista da UBA AG, à Bloomberg, assinalando que vê as exportações a continuar "fracas" durante o resto do ano, ainda que com números não tão maus como os de junho. "O investimento em infraestruturas da China irá acelerar no segundo semestre à medida que mais apoio da política [orçamental e monetária] chega ao terreno", acrescentou.
Já os analistas da Capital Economics atribuem esta queda das importações à última subida das tarifas por parte dos EUA assim como à desaceleração da procura externa a nível mundial. "Ainda que as tréguas entre os presidentes no G-20 removam a ameaça imediata de tarifas norte-americanas, o nosso cenário base continua a ser que as negociações comerciais vão falhar outra vez", afirma a Capital Economics numa nota divulgada hoje.
As exportações chinesas para os EUA também caíram em junho, mas num grau menor (-7,8%). Assim, o excedente comercial - aquilo que Donald Trump pretende combater - fixou-se nos 29,9 mil milhões de dólares.
Esta queda das importações chinesas não se notou só face aos EUA, mas no global, o que pode ser um sintoma da tendência de desaceleração na economia chinesa. As compras ao exterior baixaram 7,3% em junho ao passo que as vendas ao exterior decresceram apenas 1,3%, em comparação homóloga. No total, o excedente comercial de bens foi de 50,98 mil milhões de dólares.Mexico is doing great at the Border, but China is letting us down in that they have not been buying the agricultural products from our great Farmers that they said they would. Hopefully they will start soon!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 11 de julho de 2019
Após as tréguas firmadas no G-20 no final de junho, os negociadores chineses e norte-americanos têm estado em conversações. Esta semana foi tornado público um telefonema entre duas equipas, o primeiro desde o acordo entre Trump e Xi Jinping.
"Os dados confirmam a nossa perspetiva de que as tarifas elevadas têm um impacto negativo na economia nacional [da China]", afirmou Tao Wang, analista da UBA AG, à Bloomberg, assinalando que vê as exportações a continuar "fracas" durante o resto do ano, ainda que com números não tão maus como os de junho. "O investimento em infraestruturas da China irá acelerar no segundo semestre à medida que mais apoio da política [orçamental e monetária] chega ao terreno", acrescentou.
Já os analistas da Capital Economics atribuem esta queda das importações à última subida das tarifas por parte dos EUA assim como à desaceleração da procura externa a nível mundial. "Ainda que as tréguas entre os presidentes no G-20 removam a ameaça imediata de tarifas norte-americanas, o nosso cenário base continua a ser que as negociações comerciais vão falhar outra vez", afirma a Capital Economics numa nota divulgada hoje.