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Trump reclama "louros" do crescimento mais fraco da China em 27 anos
O presidente norte-americano acredita que a China estará arrependida de não ter aceite a versão do acordo comercial defendida pelos Estados Unidos. Para Trump, o crescimento económico mais fraco dos últimos 27 ano, registado pela China no segundo trimestre do ano, é consequência das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos à segunda maior economia do mundo.
O presidente norte-americano, Donald Trump, reagiu no Twitter ao anúncio de que a China registou o crescimento económico mais reduzido dos últimos 27 anos no segundo trimestre: apontou que as tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre as importações chinesas estariam a ter um "enorme efeito" e a travar o gigante oriental.
"As tarifas dos Estados Unidos estão a ter um efeito enorme nas empresas que querem abandonar a China e instalar-se em países que não são alvo de tarifas. Milhares de empresas estão a sair (da China)", escreveu Trump na sua conta Twitter, depois de constatar que a China registou o crescimento económico mais reduzido em mais de 27 anos no segundo trimestre de 2019.
China’s 2nd Quarter growth is the slowest it has been in more than 27 years. The United States Tariffs are having a major effect on companies wanting to leave China for non-tariffed countries. Thousands of companies are leaving. This is why China wants to make a deal....
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 15 de julho de 2019
Para o presidente norte-americano, "este é o motivo pelo qual a China quer fazer um acordo com os Estados Unidos e deseja não ter quebrado o acordo original", acrescentou Trump. O líder da maior economia do mundo refere ainda, na mesma publicação, que os Estados Unidos estão a receber "milhares de milhões de dólares" da parte da China na sequência da aplicação de tarifas, "com, possivelmente, ainda muito por receber".
O acordo comercial entre as duas economias continua a ser negociado um ano após o início do "debate", tendo os Estados Unidos aceite suspender a mais recente ronda de tarifas que estava prevista a bem da continuação das conversações. Contudo, estas mantêm-se envoltas em incertezas.
O ritmo de crescimento da economia chinesa desacelerou para mínimos de 27 anos no segundo trimestre deste ano. O PIB cresceu 6,2% entre abril e junho, em linha com o esperado mas, ainda assim, o número mais baixo desde que os dados começaram a ser recolhidos em 1992.
Ainda na passada sexta-feira os dados do comércio internacional de junho mostraram uma queda nas exportações e nas importações chinesas. A China comprou menos 31,4% bens aos EUA, o que contribui para que o seu excedente comercial em junho fosse o maior do ano.