Notícia
Crescimento económico na China atinge mínimos de 27 anos
A economia da China travou no segundo trimestre, mas há dados mensais que dão sinais de estabilização.
15 de Julho de 2019 às 07:43
O ritmo de crescimento da economia chinesa desacelerou para mínimos de 27 anos no segundo trimestre deste ano. O PIB cresceu 6,2% entre abril e junho, em linha com o esperado mas, ainda assim, o número mais baixo desde que os dados começaram a ser recolhidos em 1992.
Esta travagem chega numa altura em que a disputa comercial com os Estados Unidos continua sem resolução à vista praticamente um ano após o arranque do conflito. A economia tinha crescido 6,4% no primeiro trimestre, em termos homólogos, o que já tinha representado um abrandamento.
Apesar de os negociadores chineses e norte-americanos estarem novamente em conversações, a incerteza continua a reinar e não há indicação de que possa haver um acordo em breve de forma a estancar os impactos negativos das tarifas nas economias. Ainda na passada sexta-feira os dados do comércio internacional de junho mostraram uma queda nas exportações e nas importações chinesas.
Contudo, os indicadores mensais da economia chinesa dão alguns sinais de que a estabilização está a chegar. Em junho, as vendas do retalho e a produção industrial cresceram acima das estimativas. No entanto, não é claro que este dinamismo seja sustentável para os próximos meses, apontam os economistas da Bloomberg.
O investimento no primeiro semestre também deu sinais de que os estímulos económicos estão a chegar ao terreno. O investimento privado acelerou ao passo que o investimento público desacelerou. Dentro do investimento privado destacou-se o crescimento de 3% no setor industrial e de 4,1% nas infraestruturas.
Perante estes números, a analista Wang Tao, da UBS AG, considera que "estamos a assistir a uma estabilização" da economia. Ainda assim, "o banco central precisa de ser um pouco mais proativo", disse à Bloomberg, na eventualidade de haver tarifas mais elevadas.
Este é também o resultado da estratégia de estímulos orçamentais levado a cabo pelo Governo de Xi Jinping (na foto) que incluiu um corte de impostos na ordem dos 291 mil milhões de dólares.
Esta travagem chega numa altura em que a disputa comercial com os Estados Unidos continua sem resolução à vista praticamente um ano após o arranque do conflito. A economia tinha crescido 6,4% no primeiro trimestre, em termos homólogos, o que já tinha representado um abrandamento.
Contudo, os indicadores mensais da economia chinesa dão alguns sinais de que a estabilização está a chegar. Em junho, as vendas do retalho e a produção industrial cresceram acima das estimativas. No entanto, não é claro que este dinamismo seja sustentável para os próximos meses, apontam os economistas da Bloomberg.
O investimento no primeiro semestre também deu sinais de que os estímulos económicos estão a chegar ao terreno. O investimento privado acelerou ao passo que o investimento público desacelerou. Dentro do investimento privado destacou-se o crescimento de 3% no setor industrial e de 4,1% nas infraestruturas.
Perante estes números, a analista Wang Tao, da UBS AG, considera que "estamos a assistir a uma estabilização" da economia. Ainda assim, "o banco central precisa de ser um pouco mais proativo", disse à Bloomberg, na eventualidade de haver tarifas mais elevadas.
Este é também o resultado da estratégia de estímulos orçamentais levado a cabo pelo Governo de Xi Jinping (na foto) que incluiu um corte de impostos na ordem dos 291 mil milhões de dólares.