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Abertura dos mercados: Bitcoin cai 13% após ataque de Trump. Bolsas e petróleo em alta

A bitcoin está a desvalorizar mais de 13% após o presidente norte-americano ter dito que quer mais regulação para as criptomoedas. As bolsas europeias e o petróleo seguem em alta ao passo que os juros soberanos aliviam.

Reuters
15 de Julho de 2019 às 09:33
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Os mercados em números
PSI-20 valoriza 0,54% para os 5.249,25 pontos
Stoxx 600 sobe 0,24% para os 387,79 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos aliviam 2,9 pontos base para 0,62%
Euro aprecia 0,04% para os 1,1275 dólares
Petróleo em Londres avança 0,09% para os 66,78 dólares por barril

Bolsas europeias avançam pela segunda sessão 
O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, arrancou a semana com o pé direito, após a semana passada ter sido negativa. O índice valoriza 0,24% para os 387,79 pontos neste início de sessão, acumulando uma valorização superior a 15% no conjunto do ano. 

"O sentimento positivo que tem marcado sobretudo as bolsas americanas continuará, pelo menos numa fase inicial, a servir de amortecedor para os contínuos sinais de alarme ao nível económico", consideram os analistas do BPI no diário de bolsa desta segunda-feira, 15 de julho. O setor dos químicos e o do automóvel são os que mais avançam neste momento na Europa.

Também Lisboa e as outras praças europeias seguem em alta. O PSI-20 soma 0,54% para os 5.249,25 pontos, caminhando para a quarta semana consecutiva de ganhos. A maior parte das cotadas sobe com destaque para o BCP, a Jerónimo Martins e a Galp.

A influenciar os investidores estão os dados económicos da China. A economia chinesa travou no segundo trimestre para um crescimento de 6,2% - o mais baixo desde 1992 -, mas há dados mensais que dão sinais de estabilização. Além disso, estes números fazem crescer a expectativa dos mercados de que serão introduzidos mais estímulos económicos. 

Existe também expectativa face aos resultados das cotadas relativos ao primeiro semestre que começam a ser divulgados esta semana. O banco JPMorgan, por exemplo, divulgará os seus resultados já amanhã. O Goldman Sachs e o Bank of America também divulgam resultados esta semana. 

Juros em baixa após semana negativa
A semana passada ficou marcada por uma subida dos juros na Europa, incluindo os portugueses. Os juros nacionais a dez anos atingiram máximos de quase um mês, apesar de continuarem em valores bem inferiores aos registados no ano passado. Esta segunda-feira os juros voltam a aliviar: menos 2,9 pontos base para os 0,62%.

Já os juros da dívida alemã no mesmo prazo aliviam 1,4 pontos base para os -0,226% e os juros italianos descem 3,8 pontos base para os 1,697%.

Trump ataca bitcoin e criptomoeda tropeça 13%
A bitcoin está a desvalorizar 13% após as críticas do presidente norte-americano na passada sexta-feira.

No Twitter, Donald Trump disse que não era fã da bitcoin e de outros criptomoedas, "que não são dinheiro e cujo valor é altamente volátil e feito de nada". "Os ativos cripto desregulados podem facilitar o comportamento fora da lei, incluindo o comércio de droga e outra atividade ilegal", acrescentou, criticando também a Libra, a moeda que o Facebook e várias empresas querem fundar. 

Ainda assim, a criptomoeda negoceia acima dos 10 mil dólares, patamar que voltou a alcançar nas últimas semanas. Outras criptomoedas também foram afetadas pelos comentários de Trump: a Ethereum desce 23% e a Litecoin desvaloriza 17%. 

Já o euro segue a valorizar 0,04% para os 1,1275 dólares.

Petróleo segue em alta ligeira
O petróleo está a valorizar ligeiramente em Londres, após uma tempestade ter paralisado quase três quartos (73%) da produção norte-americana no Golfo do México, segundo a Bloomberg. A tensão entre o Irão - um importante produtor de petróleo - e os Estados Unidos também está a contribuir para esta subida, tendo Teerão dito este fim-de-semana que está disponível a sentar-se à mesa das negociações.

Contudo, as incertezas sobre a procura futura por petróleo continuam a pesar no seguimento da divulgação dos dados económicos da China. Além disso, do lado oferta há sinais de pressões: a Agência Internacional de Energia (AIE) revelou na passada sexta-feira que houve um aumento "surpresa" nos inventários de petróleo no primeiro semestre deste ano. 

O WTI, negociado em Nova Iorque, está inalterado nos 60,21 dólares ao passo que o Brent, negociado em Londres e que serve de referência para as importações portuguesas, valoriza 0,09% para os 66,78 dólares. 

Ouro cede face à estabilização da economia chinesa
O crescimento do PIB chinês do segundo trimestre foi o pior em 27 anos, mas isso não impede que haja uma interpretação mais positiva dos números. Os dados mensais das vendas a retalho e da produção industrial relativos a junho ficaram acima das expectativas, o sinaliza uma estabilização da economia chinesa no final do primeiro semestre. 

É essa interpretação que está a afetar o ouro. O metal precioso está a desvalorizar, ainda que se mantenha perto de máximos de seis anos dado que os investidores continuam a antecipar uma política monetária mais acomodatícia. O ouro segue a cair 0,03% para os 1.415,36 dólares por onça. 

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