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Abertura dos mercados: Bitcoin cai 13% após ataque de Trump. Bolsas e petróleo em alta
A bitcoin está a desvalorizar mais de 13% após o presidente norte-americano ter dito que quer mais regulação para as criptomoedas. As bolsas europeias e o petróleo seguem em alta ao passo que os juros soberanos aliviam.
Os mercados em números
PSI-20 valoriza 0,54% para os 5.249,25 pontos
Stoxx 600 sobe 0,24% para os 387,79 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos aliviam 2,9 pontos base para 0,62%
Euro aprecia 0,04% para os 1,1275 dólares
Petróleo em Londres avança 0,09% para os 66,78 dólares por barril
Bolsas europeias avançam pela segunda sessão
O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, arrancou a semana com o pé direito, após a semana passada ter sido negativa. O índice valoriza 0,24% para os 387,79 pontos neste início de sessão, acumulando uma valorização superior a 15% no conjunto do ano.
"O sentimento positivo que tem marcado sobretudo as bolsas americanas continuará, pelo menos numa fase inicial, a servir de amortecedor para os contínuos sinais de alarme ao nível económico", consideram os analistas do BPI no diário de bolsa desta segunda-feira, 15 de julho. O setor dos químicos e o do automóvel são os que mais avançam neste momento na Europa.
Também Lisboa e as outras praças europeias seguem em alta. O PSI-20 soma 0,54% para os 5.249,25 pontos, caminhando para a quarta semana consecutiva de ganhos. A maior parte das cotadas sobe com destaque para o BCP, a Jerónimo Martins e a Galp.
A influenciar os investidores estão os dados económicos da China. A economia chinesa travou no segundo trimestre para um crescimento de 6,2% - o mais baixo desde 1992 -, mas há dados mensais que dão sinais de estabilização. Além disso, estes números fazem crescer a expectativa dos mercados de que serão introduzidos mais estímulos económicos.
Existe também expectativa face aos resultados das cotadas relativos ao primeiro semestre que começam a ser divulgados esta semana. O banco JPMorgan, por exemplo, divulgará os seus resultados já amanhã. O Goldman Sachs e o Bank of America também divulgam resultados esta semana.
Juros em baixa após semana negativa
A semana passada ficou marcada por uma subida dos juros na Europa, incluindo os portugueses. Os juros nacionais a dez anos atingiram máximos de quase um mês, apesar de continuarem em valores bem inferiores aos registados no ano passado. Esta segunda-feira os juros voltam a aliviar: menos 2,9 pontos base para os 0,62%.
Já os juros da dívida alemã no mesmo prazo aliviam 1,4 pontos base para os -0,226% e os juros italianos descem 3,8 pontos base para os 1,697%.
Trump ataca bitcoin e criptomoeda tropeça 13%
A bitcoin está a desvalorizar 13% após as críticas do presidente norte-americano na passada sexta-feira.
I am not a fan of Bitcoin and other Cryptocurrencies, which are not money, and whose value is highly volatile and based on thin air. Unregulated Crypto Assets can facilitate unlawful behavior, including drug trade and other illegal activity....
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 12 de julho de 2019
Ainda assim, a criptomoeda negoceia acima dos 10 mil dólares, patamar que voltou a alcançar nas últimas semanas. Outras criptomoedas também foram afetadas pelos comentários de Trump: a Ethereum desce 23% e a Litecoin desvaloriza 17%.
Já o euro segue a valorizar 0,04% para os 1,1275 dólares.
Petróleo segue em alta ligeira
O petróleo está a valorizar ligeiramente em Londres, após uma tempestade ter paralisado quase três quartos (73%) da produção norte-americana no Golfo do México, segundo a Bloomberg. A tensão entre o Irão - um importante produtor de petróleo - e os Estados Unidos também está a contribuir para esta subida, tendo Teerão dito este fim-de-semana que está disponível a sentar-se à mesa das negociações.
Contudo, as incertezas sobre a procura futura por petróleo continuam a pesar no seguimento da divulgação dos dados económicos da China. Além disso, do lado oferta há sinais de pressões: a Agência Internacional de Energia (AIE) revelou na passada sexta-feira que houve um aumento "surpresa" nos inventários de petróleo no primeiro semestre deste ano.
O WTI, negociado em Nova Iorque, está inalterado nos 60,21 dólares ao passo que o Brent, negociado em Londres e que serve de referência para as importações portuguesas, valoriza 0,09% para os 66,78 dólares.
Ouro cede face à estabilização da economia chinesa
O crescimento do PIB chinês do segundo trimestre foi o pior em 27 anos, mas isso não impede que haja uma interpretação mais positiva dos números. Os dados mensais das vendas a retalho e da produção industrial relativos a junho ficaram acima das expectativas, o sinaliza uma estabilização da economia chinesa no final do primeiro semestre.
É essa interpretação que está a afetar o ouro. O metal precioso está a desvalorizar, ainda que se mantenha perto de máximos de seis anos dado que os investidores continuam a antecipar uma política monetária mais acomodatícia. O ouro segue a cair 0,03% para os 1.415,36 dólares por onça.