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EUA "não descartam" conversações directas com Pyongyang
O subsecretário de Estado norte-americano, John J. Sullivan, afirmou hoje, na sua visita a Tóquio, que a Casa Branca "não descarta" a possibilidade de dialogar directamente com a Coreia do Norte, apesar do actual contexto de tensão.
Sullivan defendeu assim a via diplomática para resolver a crise na região, após reunir-se com o seu homólogo nipónico durante o segundo dia da sua visita ao Japão, integrada numa viagem asiática centrada na questão norte-coreana.
"Ainda estamos centrados em elevar a pressão [sobre a Coreia do Norte], não descartamos a possibilidade de conversações directas", afirmou Sullivan, depois do seu encontro com o vice-ministro japonês dos Negócios Estrangeiros, Shinsuke Sugiyama, em declarações recolhidas pela emissora estatal NHK.
"O nosso enfase está na diplomacia para resolver este problema. Não obstante, devemos estar preparados para o pior, juntamente com os nossos aliados Japão e Coreia do Sul, entre outros, caso a diplomacia falhe", acrescentou o subsecretário dos Estados Unidos.
Estas declarações reafirmam a recente aposta no diálogo da administração liderada por Donald Trump, antes da próxima viagem asiática do Presidente, depois de Washington e Pyongyang terem trocado ameaças no mês passado.
Trump, que visitará a Coreia do Sul, o Japão e a China, assegura que continua a procurar uma solução diplomática antes de optar pela via militar, tal como afirmou no fim-de-semana o seu secretário de Estado, Rex Tillerson, numa entrevista televisiva.
Pequim insistiu na necessidade de negociações directas entre Washington e o regime liderado por Kim Jong-un para resolver a situação, ainda que tanto os Estados Unidos como o seu aliado Japão tenham rejeitado a via diplomática caso Pyongyang não renuncie ao desenvolvimento de mísseis balísticos e bombas nucleares.