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EUA não estão em conversações com Pyongyang. Trump promete fazer "o que tem de ser feito"

A porta-voz da Casa Branca garantiu que agora "não é hora de conversar" e que os EUA preferem "colocar pressão diplomática" sobre a Coreia do Norte. Trump já havia escrito no Twitter que vão fazer "o que tem de ser feito".

Donald Trump. O presidente norte-americano tem defendido soluções de força, quer que as Nações Unidas imponham mais sanções à Coreia do Norte e já ameaçou este país “com fogo e fúria como o mundo nunca viu”.
JOSHUA ROBERTS
03 de Outubro de 2017 às 08:00
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Os Estados Unidos não estão em conversações com a Coreia do Norte, até porque agora "não é hora de conversar". A garantia foi dada esta segunda-feira pela porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, poucos dias depois de o secretário de Estado norte-americano Rex Tillerson ter garantido que o país estava em conversações directas com o regime de Pyongyang "através dos seus próprios canais".

"Agora não é hora de conversar", sublinhou Sarah Sanders, em declarações aos jornalistas, acrescentando que a única coisa sobre a qual os Estados Unidos querem falar com Coreia do Norte é sobre os três cidadãos norte-americanos que estão detidos por aquele regime.

Sanders explicou, contudo, que a ausência de negociações não significa o fim da diplomacia, sugerindo que os esforços do tipo que levaram as Nações Unidas a aprovar uma nova ronda de sanções vão continuar. "Há uma diferença entre conversar e colocar pressão diplomática", disse. "Ainda apoiamos a pressão diplomática sobre a Coreia do Norte".

As declarações da porta-voz da Casa Branca corroboram a visão de Donald Trump que, este domingo, a propósito do regresso de Tillerson aos Estados Unidos após uma viagem à China, escreveu no Twitter que o "maravilhoso" secretário de Estado estava a "desperdiçar o seu tempo" a tentar negociar com o "pequeno homem-míssil" numa referência ao líder norte-coreano Kim Jong-un.

"Poupe a sua energia Rex, faremos o que tem de ser feito", acrescentou Trump, fechando aparentemente a porta a um possível diálogo com o líder do regime de Pyongyang.

A atitude diverge da postura adoptada pelo presidente durante a campanha eleitoral, quando chegou a dizer que se podia sentar com Kim para negociar enquanto comiam um hambúrguer.

Este domingo, porém, Trump referiu-se aos esforços diplomáticos dos seus antecessores como uma perda de tempo. "Ser simpático com o homem-míssil não funcionou durante 25 anos, porque é que funcionaria agora?" Clinton falhou, Bush falhou, e Obama falhou. Eu não falharei", assegurou no Twitter.

 

Kim Jong-un, que está na liderança da Coreia do Norte desde 2011, respondeu às provocações do presidente norte-americano com a ameaça "do mais alto nível de contramedidas da história", com o ministro dos Negócios Estrangeiros a acrescentar que as opções do regime incluem a opção de testar uma bomba de hidrogénio no Pacífico. 

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