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China deverá comprar mais 80 mil milhões de dólares em carros e aviões norte-americanos

A China terá comprometido-se com os EUA a comprar mais carros e aviões norte-americanos, entre outros produtos, no valor de 80 mil milhões de dólares durante os próximos dois anos, segundo a Reuters.

Damir Sagolj /Reuters
14 de Janeiro de 2020 às 10:31
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A 'fase um' do acordo comercial parcial entre os EUA e a China vai ser assinado esta quarta-feira, 15 de janeiro, mas ainda são poucos os pormenores do documento que já se conhecem. Esta terça-feira, 14 de janeiro, a Reuters avança que o Governo chinês terá feito a promessa de que irá gastar um total de quase 80 mil milhões de dólares em produtos norte-americanos como carros e aviões. 

A agência de notícias, que cita fontes ligadas ao processo, escreve que esse montante incide sobre "compras significativas" de carros, componentes automóveis, aviões, máquinas agrícolas, dispositivos médicos e semicondutores. 

Este valor faz parte de um bolo de 200 mil milhões de dólares, o montante em que a China deverá engordar as suas importações de bens e serviços norte-americanos nos próximos dois anos. 

A aquisição de aviões à Boeing, a maior exportadora norte-americana, poderá ser particularmente importante dada a situação em que a empresa está por causa das quedas fatais do avião 737 MAX, que se mantém impedido de voar. 

Além de carros e aviões, a China deverá também aumentar a compra de bens energéticos - como o petróleo, o gás natural liquefeito, entre outros - aos EUA em 50 mil milhões de dólares em dois anos. 

Segue-se a compra de mais 35 mil milhões de dólares no setor dos serviços norte-americanos durante o mesmo período e de 32 mil milhões de dólares em bens alimentares. 

Os números finais deverão ser anunciados na quarta-feira, ainda que não haja confirmação sobre que tipo de informação será divulgada. As duas partes não deverão querer dar muitos pormenores com receio de criar distorções de mercado, optando por apresentar as linhas gerais.

Ainda assim, já há ceticismo em relação ao cumprimento destas promessas por parte de Pequim. Desde logo porque a China tem a ambição de dominar segmentos de mercado nos quais neste acordo é "obrigada" a adquirir a fornecedores norte-americanos.

De acordo com a Reuters, os analistas antecipam que a China deverá facilmente cumprir com a compra de trigo, soja e milho, por exemplo, mas poderá falhar noutras áreas. Até porque, ao depender tanto dos EUA, as autoridades chinesas iriam expor-se a riscos de preços e de oferta.
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