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China aproxima-se das exigências dos EUA e oferece-se para comprar mais bens norte-americanos

As autoridades chinesas vão chegar a Washington para mais uma ronda de negociações e trazem uma proposta para comprarem mais 3,25 mil milhões de dólares em bens norte-americanos.

Reuters
09 de Outubro de 2019 às 11:59
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A China vai oferecer-se para aumentar em 3,25 mil milhões de dólares a aquisição de produtos agrícolas aos EUA, avança o Financial Times esta quarta-feira, 9 de outubro. É esta a "cedência" que Pequim apresentará em Washington na ronda de negociações que começa amanhã.

Segundo o jornal britânico, que cita fontes anónimas próximas das negociações, o objetivo da China é ter um acordo provisório com os EUA que evite a aplicação da nova ronda de aumento das tarifas a 15 de outubro. Para tal vai oferecer-se para comprar mais 10 milhões de toneladas de grãos de soja, o equivalente a 3,25 mil milhões de dólares.

As autoridades chinesas estão também a reduzir as barreiras comerciais (não tarifárias) que têm criado obstáculos ao acesso dos agricultores norte-americanos ao mercado chinês. O Governo chinês espera que as concessões relacionadas com a agricultura contribuam para melhorar as relações com os EUA.

Esta quinta-feira, 10 de outubro, e sexta-feira, 11 de outubro, o vice-primeiro-ministro chinês Liu He irá reunir-se com o representante dos EUA para o comércio, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin. Poderá também haver uma reunião com Donald Trump caso as discussões corram bem.

Este é um sinal de aproximação da China às exigências dos EUA numa altura em que se aproxima o agravamento de tarifas de parte a parte. O FT escreve que ambos os lados querem reiniciar a relação tendo em vista um potencial encontro entre Trump e Xi Jinping em novembro na cimeira anual da Ásia-Pacífico que decorrerá no Chile.

China aberta a acordo parcial
Mesmo com os EUA a colocarem oito tecnológicas chinesas na lista negra e a ponderarem limitar o fluxo de capitais, as autoridades chinesas continuam a estar abertas a firmar um acordo parcial com os EUA para que a sua economia não sofra mais com a disputa comercial, avança a Bloomberg esta quarta-feira, 9 de outubro.

Apesar de ambos os lados não estarem otimistas quanto à possibilidade de haver um acordo comercial amplo, a China aceitaria um acordo parcial desde que não fossem impostas mais tarifas sobre as suas exportações para território norte-americano, incluindo o agravamento programado para este mês e para dezembro.

Em setembro, a Bloomberg tinha noticiado que a Casa Branca estaria disponível para fechar um acordo parcial com Pequim caso houvesse cedências ao nível da propriedade intelectual ou dos produtos agrícolas. Ambas as economias estão em desaceleração, o que contribui para a urgência de haver um acordo, ainda que parcial.
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