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EUA e China fecham acordo comercial parcial. Tarifas já não entram em vigor na próxima semana
A reunião desta sexta-feira entre Trump e o vice-primeiro-ministro chinês deu frutos. O presidente dos EUA disse que foi alcançado um acordo parcial. Este entendimento levou Washington a decidir não avançar com novas tarifas na próxima semana.
Os Estados Unidos e a China delinearam a um acordo comercial parcial, anunciou Donald Trump no final de um encontro com o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, em Washington.
Fontes próximas do processo tinham já adiantado à Bloomberg que havia um consenso em torno do qual iriam partir as conversações entre os representantes de ambas as nações. Após o encontro, o presidente norte-americano confirmou isso mesmo.
Este acordo provisório abre caminho para o aguardado entendimento final entre as duas nações depois de mais de um ano em disputa.
Nos termos do que foi acordado, a China fará algumas concessões no âmbito agrícola, nomeadamente com um aumento das suas compras de produtos norte-americanos, e os Estados Unidos "congelam" a aplicação de novas tarifas aduaneiras.
O incremento previsto para estas taxas aduaneiras era de 25% para 30%.
As expectativas quanto aos resultados do encontro entre Trump e Liu eram já elevadas, sobretudo após as declarações animadoras do líder da Casa Branca esta tarde.
"Estão a acontecer coisas boas nas negociações comerciais com a China. Sentimentos mais calorosos do que no passado recente, mais como nos Velhos Tempos. Vou reunir-me como vice-primeiro-ministro hoje. Todos gostariam de ver qualquer coisa importante acontecer", escreveu Trump na sua conta do Twitter.
Trump já tinha avançado a hipótese de um acordo provisório em meados de setembro, de forma a avançar com os pontos em que ambas as partes estão de acordo enquanto se resolvem as grandes divergências - que, a serem solucionadas, levarão ao levantamento das tarifas agravadas que foram sendo impostas de parte a parte desde o verão de 2018.
Hoje, o chefe da Casa Branca mostrou que acabou mesmo por ser essa a via privilegiada.
No início desta semana, as fricções entre os EUA e a China intensificaram-se, depois de Trump colocar oito tecnológicas chinesas – além da Huwaei – numa lista negra.
Pequim deu em seguida a entender que poderia retaliar, mas entretanto os ânimos acalmaram dos dois lados e hoje foi possível iniciar um caminho que poderá pôr fim à guerra comercial.
(notícia atualizada às 20:44 com a confirmação do acordo, e às 20:57 com o anúncio da não entrada em vigor, na próxima semana, da nova ronda de tarifas sobre produtos chineses)