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Trump otimista com negociações: “Estão a acontecer coisas boas”
O presidente dos Estados Unidos reforçou as expectativas de um acordo com a China dizendo que quando este estiver "totalmente negociado" não terá de ser sujeito à aprovação do Congresso, podendo ser assinado apenas por si.
No dia em que se vai reunir com o vice-primeiro-ministro da China, Liu He, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no Twitter que as negociações de alto nível com Pequim, que foram retomadas ontem em Washington, estão a correr bem e a gerar progressos.
"Estão a acontecer coisas boas nas negociações comerciais com a China. Sentimentos mais calorosos do que no passado recente, mais como nos Velhos Tempos. Vou reunir-me como vice-primeiro-ministro hoje. Todos gostariam de ver qualquer coisa importante acontecer", escreveu Trump na rede social.
Good things are happening at China Trade Talk Meeting. Warmer feelings than in recent past, more like the Old Days. I will be meeting with the Vice Premier today. All would like to see something significant happen!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 11 de outubro de 2019
Num outro tweet, Trump acrescentou que, quando o acordo estiver "totalmente negociado", não terá de ser sujeito à aprovação do Congresso, podendo ser assinado apenas pelo presidente.
"Uma das grandes vantagens do acordo com a China é o facto de, por várias razões, não precisarmos de passar pelo processo de aprovação do Congresso, muito longo e politicamente complexo. Quando o acordo estiver totalmente negociado, eu assino-o em nome do nosso país. Rápido e limpo!", concretizou.
One of the great things about the China Deal is the fact that, for various reasons, we do not have to go through the very long and politically complex Congressional Approval Process. When the deal is fully negotiated, I sign it myself on behalf of our Country. Fast and Clean!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 11 de outubro de 2019
A mensagem do líder da Casa Branca reforçou a expectativa de um entendimento entre as duas potências para travar a tensão comercial, depois de uma série de notícias dando conta da falta de progressos nas reuniões de nível técnico.
A essas notícias somaram-se outros sinais desanimadores, como a decisão dos Estados Unidos de colocarem mais oito tecnológicas chinesas na sua lista negra, mesmo em vésperas do início das conversações, o que foi visto como um mau presságio para o encontro que se aproximava.
Apesar disso, na quarta-feira o Financial Times avançava que o objetivo da China era fechar um acordo parcial com os Estados Unidos que evitasse a entrada em vigor do agravamento das tarifas a 15 de outubro.
Para tal iria oferecer-se para comprar mais 10 milhões de toneladas de grãos de soja, o equivalente a 3,25 mil milhões de dólares.
Ao mesmo tempo, as autoridades chinesas têm vindo a reduzir as barreiras não tarifárias que têm criado obstáculos ao acesso dos agricultores norte-americanos ao mercado chinês, na expectativa de que essas concessões contribuam para melhorar as relações com os EUA.