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EUA colocam oito tecnológicas chinesas em lista negra

A Administração Trump colocou oito empresas chinesas, do setor das tecnologias, numa liista negra. Acusa-as de estarem implicadas em violações dos direitos humanos contra minorias muçulmanas na província de Xinjiang.

Reuters
07 de Outubro de 2019 às 23:05
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Os Estados Unidos anunciaram a inclusão de oito tecnológicas chinesas numa lista negra, acusadas de estarem implicadas em violações dos direitos humanos contra minorias muçulmanas na província de Xinjiang, no extremo oeste da China.

 

A informação foi avançada pelos media norte-americanos esta noite e entre as visadas estão duas grandes empresas do ramo da videovigilância, a Hangzhou Hikvision Digital Technology e a Dahua Zhejiang Dahua Technology.

Segundo algumas mensurações, a Hikvision e a Dahua controlam um terço do mercado mundial deste setor de atividade, dispondo de câmaras de vigilância em todo o mundo, salienta a Bloomberg.

A notícia surge numa altura em que as duas maiores economias do mundo se preparam para uma nova ronda de conversações com vista a um entendimento em matéria comercial.

 

Esta semana deverá ser marcada por reuniões em Washington entre a comitiva liderada pelo vice-presidente chinês, Liu He, e os responsáveis norte-americanos americanos. Hoje os negociadores de ambos os lados deram início aos preparativos para os planos de trabalho - sendo que as conversações formais arrancam na quinta-feira, 10 de outubro.

 

Esta segunda-feira a meio do dia houve algum ânimo em Wall Street com o facto de o conselheiro da Casa Branca, Larry Kudlow, ter dito que os EUA não pretendem excluir da bolsa americana empresas chinesas – depois de responsáveis chineses terem já indicado que os tópicos que precisam de ser discutidos diminuíram consideravelmente.

 

No entanto, isto não foi suficiente para manter um sentimento positivo junto dos investidores e as bolsas norte-americanas acabaram por não encerrar no vermelho.

 

A notícia entretanto avançada – já depois do fecho das praças do outro lado do Atlântico – sobre a inclusão de oito empresas em lista negra será um novo fator de pressão na negociação bolsista de terça-feira.

O caso Huawei

 

A chinesa Huawei viu-se atingida pela ordem executiva de Donald Trump, assinada no passado mês de maio, em que proibia as empresas norte-americanas de usarem equipamentos de telecomunicações de companhias estrangeiras consideradas de risco ou de as fornecerem.

 

Esta medida do presidente dos EUA visava nomeadamente a China – e a Huawei, em particular.

 

Entretanto, Trump concedeu um período de isenção desta medida, permitindo assim que as empresas norte-americanas continuassem a manter relações comerciais com a Huawei, mas recentemente tem havido indicações de que o chefe da Casa Branca não deverá prolongar este regime de exceção - já a prever isso, o presidente da tecnológica chinesa garantiu em finais de setembro que a Huawei está já a produzir terminais de 5G sem qualquer componente norte-americana e que pretende mais do que duplicar a produção no próximo ano.


(notícia atualizada às 23:29)

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