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Bolsonaro: "Este Governo será defensor da Constituição, democracia e liberdade"

Jair Bolsonaro já fez o seu discurso da vitória, onde assumiu que "precisamos de mais Brasil e menos Brasília. Vamos transformar o Brasil numa grande, livre e próspera nação".

28 de Outubro de 2018 às 23:02
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Jair Bolsonaro garantiu a vitória nas eleições presidenciais brasileiras, com mais de 55% dos votos válidos. Foram mais de 57 milhões de votos no candidato de extrema-direita.

Depois de ter reagido no Facebook, Bolsonaro começou o discurso da vitória, transmitido pelas televisões, prometendo que o seu "Governo será defensor da Constituição, democracia e liberdade". Um compromisso que acabou por repetir no final do discurso: "Somos um grande país. E agora vamos juntos transformar este país numa grande nação, uma nação livre, democrática e próspera".

Traçou já alguma linha condutora do que pretende ser o seu Governo, cujos nomes garante que serão conhecidos nos próximos dias.

Para já, a promessa de tornar o Brasil uma verdadeira Federação, reduzindo os "desperdícios e privilégios" em Brasília. Essa é uma das promessas deixadas no discurso da vitória, que passam "por um Governo para que todos cresçam". O que, no seu entender, significa que "dará um passo atrás, reduzindo a estrutura e a burocracia". E promete cortar desperdícios e privilégios "para que as pessoas possam dar muitos passos à frente". 


Desburocratizar, simplificar e "permitir que cidadão e o empreendedor tenha mais liberdade para construir o seu futuro", o que diz ser "desamarrar o Brasil".

Nas promessas, Bolsonaro fala ainda "de quebrar outro paradigma": "o governo respeitará de verdade a federação". E é por isso que garante que os recursos federais irão para estados e municípios. "Colocaremos de pé a federação brasileira. Precisamos de mais Brasil e menos Brasília", assumiu.

Dizendo não ser um governo para responder a necessidades imediatas, o vencedor garante que respeitará "um dos pilares do Brasil": o direito de propriedade, o respeito e a defesa desse princípios constitucionais.

"O défice público primário tem de ser convertido em superavite"

"Emprego, renda e equilíbrio fiscal é nosso compromisso, para ficar mais próximos de oportunidades e emprego para todos". Promete que trabalhará para quebrar o ciclo vicioso do aumento da dívida pública, para assumir o círculo virtuoso de reduzir o défice, a fim de estimular investimentos, crescimento e geração emprego. "O défice público primário tem de ser convertido em superavite", salientou.

Também deixou uma palavra do que será a política diplomática do seu governo. Não será conduzida, diz, por viés ideológicos. "O Brasil deixará de estar apartado das nações mais desenvolvidas", e procurará "relações bilateriais agregar valor aos produtos brasileiros". Bolsonaro diz pretender recuperar "o respeito internacional do nosso amado Brasil".

Bolsonaro aproveitou o seu discurso da vitória para lembrar o atentado de que foi alvo no decurso da campanha eleitoral, assumindo que se salvou para uma missão de Deus. E a missão é "transformar o Brasil numa grande, livre e próspera nação. Trabalharemos dia e noite para isso".

E depois de ter falado de democracia e liberdade reiterou que "a liberdade é um princípio fundamental. Liberdade de ir e vir, andar nas ruas, em todos os locais deste país; empreender; liberdade politica e religiosa; liberdade de informar e ter opinião; liberdade de fazer escolhas e ser respeitado por elas. É um país de todos nós".

Bolsonaro, respondendo a críticos, assume que será o Brasil "de diversas opiniões, cores e orientações", mas os cidadãos têm direitos e deveres.

 

Prometendo oferecer "um governo decente, que trabalhará verdadeiramente para todos os brasileiros", Bolsonaro terminou o discurso com a garantia: "Somos um grande país. E agora vamos juntos transformar este país numa grande nação, uma nação livre, democrática e próspera. Brasil acima de tudo, Deus acima de todos". 


No discurso da vitória, que leu para as televisões, foi menos atacante para a esquerda do que aquele que tinha proferido no Facebook, no qual acabou a criticar os populismos, e os extremismos de esquerda, mas também os grandes media. Foi assim que Bolsonaro diz ter sentido a campanha de "alguém sem um grande partido, sem fundo partidário, com grande parte da grande media o tempo todo criticando, colocando-me uma situação vexatória", mas as pessoas acreditaram, assumiu Bolsonaro: 


"Não poderíamos mais flertando com socialismo, com comunismo e com o populismo e com o extremismo da esquerda", disse no Facebook, onde também prometeu que seguirá os ensinamentos de Deus, ao lado da Constituição brasileira e inspirando-se em grande líderes mundiais (disse-o mostrando um livro sobre Churchill), para assumir "todos os compromissos serão cumpridos". 

 

(notícia actualizada com mais declarações)
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