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Biden e grupo bipartidário do Senado chegam a acordo sobre plano de investimento em infraestruturas

Joe Biden declarou esta tarde que existe um acordo com o grupo bipartidário do Senado para o plano de investimento em infraestruturas no país. O projeto é uma das suas principais prioridades.

Stefani Reynolds / EPA
24 de Junho de 2021 às 19:36
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Joe Biden declarou esta tarde que chegou a acordo com o grupo bipartidário do Senado relativamente ao plano dedicado à construção e melhoria de infraestruturas no país, avaliado em 953 mil milhões de dólares.

"Temos acordo", disse aos jornalistas na Casa Branca quando saía da reunião com alguns dos senadores do grupo bipartidário encarregue da proposta.

Uma versão simplificada e reduzida do plano, que contemplava apenas 559 mil milhões de dólares, já tinha reunido o acordo dos dois principais partidos norte-americanos, mas os senadores envolvidos estavam ainda a estudar a possibilidade de alargar o montante a investir naquela que tem sido destacada como a principal prioridade legislativa da Administração Biden. Ainda assim, o valor agora avançado contrasta com as primeiras propostas do Presidente, na ordem dos 2,3 e posteriormente de 1,7 biliões de dólares - e já este mês Biden chegou mesmo a conceder que poderia ficar em torno de 1 bilião.

Segundo a Associated Press (AP), os senadores estariam com alguma dificuldade em acertar as fontes de financiamento do novo projeto mas, ainda assim, confiantes com o apoio do Presidente.

Para Nancy Pelosi, "speaker" da Câmara dos Representantes, o plano acarreta alterações legislativas complexas e tem de ser conciliável com os objetivos do Congresso norte-americano espelhados no processo de conciliação do orçamento em elaboração. "Não vai haver uma lei bipartidária sem a conciliação do orçamento", disse Pelosi à AP.

Quanto a isso, Biden disse esta tarde que nem todos conseguiram o que queriam, mas que outras prioridades serão tidas em conta na conciliação do orçamento.

O plano para as infraestruturas deverá ir a votos no Congresso num futuro próximo. O maior obstáculo à sua aprovação tem sido o financiamento, já que Joe Biden exigiu que não fossem aplicados quaisquer impostos adicionais a quem tenha um rendimento inferior aos 400.000 dólares anuais. Ao mesmo tempo, os republicanos recusaram aumentar os impostos para além da indexação do preço dos combustíveis à inflação, algo com que Biden parece não concordar, afirmando que é um fardo para os condutores.

Joe Biden procurou reverter uma decisão do seu predecessor Donald Trump e aumentar o IRC de 21% para 28%, mas os senadores republicanos opuseram-se.

O plano para as infraestruturas, que tem como objetivo a realização de obras de modernização de estradas, aeroportos, pontes e da rede elétrica, viu-se mal parado depois de, no dia 9 deste mês, as conversações entre Joe Biden e um grupo de senadores republicanos ter chegado ao fim. Na raiz do desentendimento estavam já a discórdias em relação à dimensão dos gastos e à aplicação dos fundos.

O trabalho foi então deixado a cargo deste grupo bipartidário de senadores, que tinham a missão expressa de ajustar os gastos e as fontes de receita.

Após o anúncio de um acordo, a senadora do Maine Susan Collin disse à AP que isto "envia uma mensagem importane ao resto do mundo de que a América consegue funcionar e despachar trabalho". Já a Joe Biden, que foi também senador por Delaware, a situação relembra "os dias em que costumávamos fazer realmente a diferença no Congresso dos Estados Unidos".

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