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Joe Biden anuncia investimentos de 2,3 biliões de dólares em infraestruturas

Ao discursar no centro de formação do sindicato dos carpinteiros em Pittsburgh, Biden classificou o projeto como "o investimento de uma geração na América".

Stefani Reynolds / EPA
01 de Abril de 2021 às 01:20
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O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou nesta quarta-feira um plano de investimentos de 2,3 biliões de dólares (dois biliões de euros) para renovar e modernizar as infraestruturas dos EUA nos próximos oito anos.

Ao discursar no centro de formação do sindicato dos carpinteiros em Pittsburgh, Biden classificou o projeto como "o investimento de uma geração na América".

O presidente foi ao ponto de comparar o seu projeto de transformação da economia dos EUA com a corrida ao espaço e prometeu resultados à escala dos programas 'New Deal', do presidente Franklin D. Roosevelt, ou do 'Great Society', do presidente Lyndon B. Johnson, que formataram os EUA no século XX.

"Este é um investimento que se faz uma vez por geração, diferente de tudo o que se viu ou fez desde que construímos o sistema de autoestradas interestatal ou a corrida ao espaço, há décadas. De facto, é o maior investimento em emprego nos EUA desde a Segunda Guerra Mundial. Vamos criar milhões de empregos, empregos bem pagos", declarou.

Responsáveis da Casa Branca adiantaram que o investimento vai gerar estes empregos à medida que o país transita dos combustíveis fósseis para energias limpas, no âmbito do combate às alterações climáticas.

O financiamento dos projetos virá de uma subida dos impostos sobre as empresas. Biden vai passar o imposto sobre os rendimentos 21% para 28%, anulando a decisão dos republicanos de 2017.

Por outro lado, Biden apontou o dedo à fuga fiscal: "91 das empresas da 'Fortune 500', incluindo a Amazon, não pagam um único cêntimo em impostos sobre os lucros".

O anúncio de quarta-feira vai ser seguido, nas próximas semanas, por outro anúncio de Biden de um pacote equiparado de investimentos em cuidados infantis, créditos fiscais para famílias e outros programas internos. Este novo pacote de dois biliões de dólares vai ser pago por aumento de impostos sobre os indivíduos e famílias com maior riqueza.

"Wall Street não construiu este país", disse Biden. "Vocês, classe média, construíram este país. E os sindicatos construíram a classe média".

A Casa Branca já detalhou que a maior parte da proposta inclui 621 mil milhões de dólares para estradas, pontes, vias públicas, estações de carregamento de veículos elétricos e outras infraestruturas de transporte. Este investimento vai afastar o país dos motores de combustão interna que a indústria automóvel como uma tecnologia crescentemente antiquada.

Outros 111 mil milhões estão destinados à retirada de tubos de alumínio no transporte de água e modernização das redes de esgotos.

A internet de banda larga vai cobrir os EUA graças ao financiamento de 100 mil milhões.

Uma verba similar vai ser afetada à modernização da rede elétrica para distribuir eletricidade limpa. As casas vão ser melhoradas, as escolas vão ser modernizadas, os trabalhadores formados e os hospitais renovados segundo este plano, que também contempla o reforço da indústria norte-americana.

Esta atividade leva os economistas a preverem que o produto interno bruto dos EUA possa crescer cerca de seis por vento este ano.

Para impedir as empresas de mudarem os lucros para o estrangeiro de forma a evitarem serem taxados, vai ser imposta uma taxa global única de 21%.

O código fiscal vai também ser atualizado para impedir a empresas de recorrerem a fusões com entidades estrangeiras e evitarem os impostos mudando a sede para um paraíso fiscal. E, entre outras disposições, o fisco vai aumentar as inspeções às empresas.

Os investimentos em infraestruturas costumam estimular o crescimento económico. O tempo gasto em viagens pode ser reduzido e a saúde pública pode ser melhorada, enquanto os empregos na construção favorecem as despesas de consumo.

A economista-chefe da Standard & Poor's, Beth Ann Bovino, estimou em 2020 que um investimento em infraestruturas na ordem dos 2,1 biliões de dólares pode acrescentar 5,7 biliões de dólares à economia ao longo de uma década.



RN//RBF

Lusa/fim
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