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Biden aponta o dedo a políticos e militares afegãos por conquista dos talibãs

O presidente dos EUA sublinhou que os acontecimentos "reforçaram" a sua convicção de que a retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão foi correta e apontou responsabilidades ao poder político e aos militares afegãos pela rápida tomada do poder pelos talibãs.

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Negócios 16 de Agosto de 2021 às 22:06
O presidente dos EUA defendeu esta segunda-feira que a tomada do poder no Afeganistão pelos talibãs "reforçou" a sua convicção de que a retirada dos militares norte-americanos do país foi a "decisão certa".

"Mantenho-me fiel à minha decisão. Após 20 anos, aprendi da pior forma que nunca há uma boa altura para retirar as forças norte-americanas", disse Joe Biden numa declaração à imprensa.

Biden admitiu que "tudo se desenrolou mais depressa do que antecipávamos". "E porquê? Os líderes políticos afegãos desistiram e abandonaram o país", atirou.

"Estou muito entristecido com a situação a que agora assistimos, mas não me arrependo da minha decisão de pôr fim à intervenção militar americana no Afeganistão. Não posso e não pedirei às nossas tropas que combatam sem fim na guerra civil de outro país", acrescentou.

O presidente dos EUA também não poupou os militares afegãos. "É errado ordenar às tropas americanas que assumam a defesa do regime quando as próprias forças armadas afegãs não o fizeram".

"Aquilo que vemos agora são a triste prova de que nenhuma força militar, independentemente da sua dimensão, poderia alguma vez tornar o Afeganistão um país estável, unido e seguro", prosseguiu. "Sou o quarto presidente dos EUA a ocupar a Casa Branca desde o início da guerra no Afeganistão. Dois democratas e dois republicanos. Não passarei essa responsabilidade para um quinto presidente", frisou.

Biden deixou ainda a garantia de que, caso os talibãs ataquem cidadãos norte-americanos ou tentem perturbar a evacuação em curso em Cabul os EUA terão uma resposta "imediata e em força". "Defenderemos os nossos cidadãos com uma força devastadora, se necessário", advertiu.
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