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Banco Mundial volta a cortar nas previsões de crescimento da economia global e alerta para "estagflação"
A instituição alertou para o risco de estagflação que poderá persistir "durante anos". O presidente do Banco Mundial antecipa mesmo que haverá países que não irão conseguir escapar a este fenómeno.
O Banco Mundial cortou, mais uma vez, as estimativas de crescimento da economia mundial para este ano, alertando para o risco de estagflação, segundo o "outlook" publicado esta terça-feira.
A instituição liderada por David Malpass cortou as previsões de crescimento económico para este ano para 2,9% (contra os 3,2% fixados em abril e os 4,1% em janeiro), devido à escalada dos preços da energia e dos alimentos, à aplicação por vários bancos centrais em todo o mundo de políticas monetárias restritivas para combater a inflação e devido ao agravamento da crise nas cadeias de abastecimento desencadeado pela guerra na Ucrânia.
"A economia mundial está novamente em perigo", alerta David Malpass no prefácio do relatório. O presidente do Banco Mundial começa por explicar que "[a economia mundial] está a enfrentar ao mesmo tempo o aumento da inflação e um crescimento lento da economia".
As estimativas da instituição apontam para que a economia da Zona Euro desacelere para 2,5%, menos 1,7 pontos percentuais do que o previsto em janeiro. A economia ucraniana deve contrair 45,1% este ano, enquanto a economia russa deve encolher 8,9%.
Já a economia norte-americana deve crescer apenas 2,5% este ano, 1,2 pontos percentuais abaixo do previsto em janeiro enquanto a economia chinesa deve crescer apenas 4,3% este ano.
No ano passado, a economia mundial cresceu 5,7%. Para este ano, o Banco Mundial alerta que "mesmo que a recessão seja evitada, a dor da estagflação pode persistir durante vários anos, a não ser que hajam grandes aumentos da oferta". Para Malpass "para muitos paises a recessão será difícil de evitar".