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Banco Mundial reduz previsões de crescimento global devido à guerra na Ucrânia
O Banco Mundial reviu em baixa as perspetivas para o crescimento económico global para 2022, devido à guerra na Ucrânia.
O líder do Banco Mundial anunciou esta segunda-feira que esta entidade reviu em baixa as previsões para o crescimento económico global para este ano devido à guerra na Ucrânia. Em declarações à imprensa, citadas pela Bloomberg, David Malpass indicou que o Banco Mundial espera agora um crescimento de 3,2%.
Em janeiro, data das últimas previsões feitas pela instituição sediada em Washington, o Banco Mundial apontava para um crescimento global de 4,1%. Nestas declarações, o líder do Banco Mundial justifica esta revisão com as perspetivas para a Europa e Ásia central.
Estes novos números comparam também com as previsões de expansão económica global de 5,7%, feitas em 2021.
O líder do Banco Mundial disse ainda que espera discutir em breve um novo pacote de resposta à crise, que poderá ascender a 170 mil milhões de dólares, com uma extensão de 15 meses. Na perspetiva deste responsável, este auxílio poderá entrar em ação nos próximos três meses. "Isto é uma resposta contínua e massiva dada a continuação da crise", apontou, notando que esta nova iniciativa vai exceder a resposta inicial de 157 mil milhões de dólares, mobilizada para combater a covid-19.
As declarações de David Malpass são feitas antes das reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional e também do Banco Mundial. Nestes encontros vão estar no centro das atenções temas como a segurança alimentar, dívida ou ainda a escalada da inflação.
A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, está a pressionar as perspetivas de crescimento económico e também a criar desafios adicionais no tem da alimentação. Há alguns dias, o índice de preços de alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) chegou ao maior nível já alcançado desde o início da avaliação, em 1990. Este aumento foi liderado pelos aumentos dos preços dos óleos vegetais, cereais e carne, notou a organização.