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Banco Mundial: Danos em infraestruturas na Ucrânia ascendem a 60 mil milhões

Presidente do Banco Mundial, David Malpass, alerta, no entanto, que a estimativa inicial dos prejuízos com as infraestruturas na Ucrânia não inclui os crescentes custos económicos da guerra no país.

David Malpass, presidente do Banco Mundial, apelou a medidas para combater as desigualdades.
Florence Lo/Reuters
22 de Abril de 2022 às 10:25
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Os danos em edifícios e infraestruturas causados pela invasão russa da Ucrânia atingem quase 60 mil milhões de dólares (55,5 mil milhões de euros) e vão manter a trajetória ascendente se a guerra continuar, afirmou o presidente do Banco Mundial.

Numa conferência do Banco Mundial sobre as necessidades de assistência financeira da Ucrânia, realizada na quinta-feira, David Malpass ressalvou, no entanto, que a estimativa inicial dos prejuízos com as infraestruturas é "curta" no sentido em que não inclui os crescentes custos económicos da guerra no país.

"É óbvio que a guerra está em curso, pelo que esses custos estão a aumentar", enfatizou, citado pela agência Reuters.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que fez uma aparição via vídeo na conferência, destacou custos e necessidades financeiras muito maiores. No discurso aos partifcipantes sublinhou que a Ucrânia precisa de 7 mil milhões de dólares por mês para cobrir os prejuízos económicos causados pela invasão russa, iniciada a 24 de fevereiro.

"E precisaremos de centenas de milhares de milhões para reconstruir tudo isto depois", insistiu.

Zelensky voltou à apelar à necessidade de a comunidade internacional excluir imediatamente a Rússia das instituições financeiras, incluindo o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, apontando que todos os países "têm de estar preparados no imediato para cortar as relações com a Rússia".

A conferência, à margem das reuniões de primavera do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, juntaram representantes das finanças de uma série de países, como a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, que indicou anteriormente que Washington vai duplicar o seu compromisso de ajuda direta não-militar ao país para 1 milhão de dólares.

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