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Americanos terão escutado telemóvel pessoal de Merkel

A Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA) terá espiado o telefone pessoal de Angela Merkel, de acordo com as informações avançadas pela chancelaria alemã. Merkel pediu esclarecimentos imediatos a Obama que terá garantido que os Estados Unidos “não estão a monitorizar nem irão monitorizar” as comunicações da líder alemã.

Reuters
23 de Outubro de 2013 às 20:13
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Depois do Brasil, México, França e das próprias instituições europeias, o telefone pessoal de Angela Merkel, chanceler da Alemanha, também não terá escapado à vigilância dos serviços de espionagem norte-americanos. De acordo com vários órgãos de comunicação social estrangeiros, a NSA terá mantido sob escuta as ligações pessoais da chefe de Estado alemã.

 

Esta notícia está a tornar-se viral e nas próximas horas deverão surgir novos dados e, provavelmente, mais esclarecimentos. Para já o “La Repubblica” cita que o porta-voz do Governo alemão, Steffen Seibert, revelou que Merkel terá instado Washington para “fazer uma clarificação imediata e completa” sobre as eventuais escutas.

 

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, de acordo com a “CNN”, disse que o presidente americano, Barack Obama, telefonou esta quarta-feira à chanceler alemã para garantir que os Estados Unidos “não estão a monitorizar nem irão monitorizar” o telemóvel da recém-eleita líder da Alemanha.

 

Steffen Seibert declarou que Angela Merkel disse que caso seja verdade, trata-se de uma situação “completamente inaceitável”. “Seria uma grave quebra de confiança. Este tipo de práticas tem que acabar imediatamente”, rematou o porta-voz do Governo alemão.

 

Desde que Edward Snowden, consultor que trabalhava em regime independente para os serviços de espionagem americanos, revelou que estes serviços procediam a práticas de espionagem e recolha de dados, que ultrapassavam as regras do Direito Internacional, o novelo relativo às práticas americanas tem-se desenrolado com a divulgação e a descoberta de casos crescentemente mediáticos.

 

Para além de empresas como a Google ou o Facebook, que forneceram informações para a NSA, sabe-se que além das comunicações das instituições europeias, também os responsáveis políticos mexicanos, brasileiros e franceses foram alvo da espionagem norte-americana. Se no caso do Brasil se falou em espionagem industrial, as alegadas escutas ao telemóvel de Merkel poderão escalar, aquilo que tem estado de alguma forma circunscrito ao mediatismo da comunicação social, para um conflito diplomático de proporções ainda por conhecer.

 

A revista alemã "Der Spiegel" noticiava em Junho deste ano que Merkel teria conversado com Obama, via telefone, para ouvir esclarecimentos sobre alegadas informações que indiciavam que Washington tinha vigiado alguns dos países europeus, seus aliados.

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