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Cimeira europeia dominada por suspeitas de escutas dos serviços secretos norte-americanos

A primeira cimeira europeia em quatro meses tem uma agenda ampla, mas nenhuma decisão relevante é esperada. A alegada espionagem dos serviços secretos norte-americanos a líderes europeus acabará por dominar o encontro. François Hollande pediu para que fosse incluída na agenda e diz que falará sobre o assunto no encontro bilateral prévio com Merkel.

24 de Outubro de 2013 às 14:12
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O Presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, vão reunir-se nesta quinta-feira, em Bruxelas, para discutir o caso das escutas norte-americanas - tema que deverá também saltar para a agenda cimeira europeia que começa ao fim da tarde de hoje  e termina amanhã.

 

"Este encontro bilateral, pedido por Merkel, não foi organizado por causa desse assunto, mas eles vão, evidentemente, falar sobre ele para coordenar uma reacção", disse fonte diplomática francesa, citada pela agência Lusa.

 

Num acto inusitado entre países aliados, o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Guido

Westerwelle, convocou nesta manhã de quinta-feira o embaixador dos Estados Unidos para pedir explicações sobre o caso. O Governo alemão anunciou, na quarta-feira à noite, que o telemóvel da chanceler "poderá ter sido vigiado pelos serviços secretos norte-americanos". Merkel pediu de imediato explicações ao Presidente Barack Obama, que lhe garantiu que os Estados Unidos não vigiavam as comunicações da chanceler.

 

Lembra a Lusa que, em França o diário Le Monde citou documentos do ex-consultor da agência de segurança nacional dos Estados Unidos (NSA) Edward Snowden, segundo os quais foram efectuados 70,3 milhões de registos de dados telefónicos de franceses, entre 10 de Dezembro de 2012 e 8 de Janeiro passado.

 

Estas suspeitas prometem dominar a primeira cimeira europeia em quatro meses, até porque, tendo o encontro uma agenda ampla, não se antecipam conclusões relevantes. Decisões concretas sobre a união bancária e sobre o reforço da coordenação de políticas na Zona Euro e eventualmente os recursos na Zona Euro estão previstas para Dezembro.

 

Na agenda estão a economia digital, inovação e serviços – áreas onde persistem vários com entraves aos princípios da liberdade de estabelecimento e de prestação de serviços, que limitam o funcionamento do mercado único europeu. Segundo a Comissão Europeia, estas áreas encerram ainda um grande potencial de crescimento.

 

Em Portugal,  um estudo realizado pela Acepi - Associação do Comércio Eletrónico e da Publicidade Interativa, apresentado esta quarta-feira, 23 de Outubro, no Forum de Economia Digital, revela que em Portugal o comércio electrónico gerou um volume de negócios de 39 mil milhões de euros em 2012, a que se pode acrescentar os 10 mil milhões de euros de transacções efectuadas nas caixas de multibanco (ATM).

 

Para 2017, as projecções do estudo da Acepi e da IDC apontam para um volume de 73 mil milhões de euros no comércio em plataformas electrónicas, quer seja nos negócios com consumidores, entre empresas ou com o Estado.

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