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China liberta 113.000 milhões de euros em empréstimos para construção de infraestruturas

O Governo chinês pediu aos bancos públicos que libertem o equivalente a 113 mil milhões de euros em empréstimos para a construção de infraestrutura, visando contrariar a desaceleração económica causada pelas medidas de prevenção epidémica.

Reuters
02 de Junho de 2022 às 09:18
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O país asiático desenvolveu significativamente as infraestruturas, nas últimas décadas, sobretudo a partir do final dos anos 2000, visando impulsionar a atividade económica face à crise financeira global de 2008.

A China investiu o equivalente a 573 mil milhões de euros na economia, aumentando a dívida, em projetos por vezes sem retorno, mas que serviu para apoiar a recuperação da economia mundial.

O plano divulgado desta vez ascende a um montante equivalente a 113 mil milhões de euros, segundo a ata de uma reunião do governo, divulgada na noite de quarta-feira pela agência de notícias oficial chinesa Xinhua, sem especificar como os bancos públicos vão financiar os empréstimos.

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, que nas últimas semanas fez uma avaliação sombria sobre o estado da economia chinesa, presidiu a esta reunião.

Para limitar o endividamento do Governo central, Pequim é relutante em aumentar a despesa para sustentar a economia, apontou o economista Ting Lu, do banco japonês Nomura. Por isso, "não surpreende" que peça "medidas de estímulo" aos bancos públicos, apontou.

Perante o ressurgimento de surtos de covid-19, causados pela variante Ómicron, altamente contagiosa, as autoridades chinesas impuseram medidas de bloqueio em algumas das principais cidades do país, no âmbito da estratégia de 'zero casos'.

Esta estratégia está a ter fortes repercussões na economia, com muitos negócios fechados, fábricas paradas e as cadeias de fornecimento suspensas.

A desaceleração económica compromete a meta de crescimento de Pequim, de cerca de 5,5%, num ano politicamente sensível. O Presidente chinês, Xi Jinping, deve ser renomeado como secretário-geral do Partido Comunista Chinês (PCC), no outono, quebrando décadas de tradição política, que ditava um limite de dois mandatos para o cargo.

Durante uma videoconferência, na semana passada, com milhares de funcionários do governo, o primeiro-ministro chinês admitiu que a situação económica é pior do que no início da pandemia.

Na quarta-feira, Li Keqiang também pediu às províncias que publiquem "dados económicos reais", já que várias autoridades locais foram recentemente acusadas de falsificarem os dados.



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