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Petróleo sobe com estímulo de corte de juros nos EUA e tensões no Médio Oriente

O corte dos juros pelos bancos centrais, recorde-se, ajuda a revitalizar a atividade económica e, consequentemente, a procura por energia.

Reuters
19 de Setembro de 2024 às 15:57
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Os preços do "ouro negro" seguem a ganhar terreno nos principais mercados internacionais, sustentados pelo corte de 50 pontos base da taxa diretora da Reserva Federal norte-americana, anunciado ontem após a reunião de dois dias do banco central.

A dimensão do corte – a maioria dos analistas apontava para uma redução de apenas 25 pontos base – deu impulso à matéria-prima, com o o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, a superar os 74 dólares, depois de na semana passada ter chegado aos 69 dólares – naquele que foi o valor mais baixo do ano.

O Brent segue agora a somar 0,53% para 74,04 dólares por barril. Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, avança 0,51% para transacionar nos 71,27 dólares por barril.

O corte dos juros pelos bancos centrais, recorde-se, ajuda a revitalizar a atividade económica e, consequentemente, a procura por energia.

Os mercados petrolíferos estão também a acompanhar o recrudescer de tensões no Médio Oriente, depois de "walkie-talkies" usados pelo grupo armado libanês Hezbollah terem explodido na quarta-feira – e isto após terem sido reportadas explosões similares em milhares de "pagers" no dia anterior.

Os ataques foram atribuídos à Mossad – serviços secretos israelitas – e provocaram já milhares de feridos e pelo menos 32 mortos. Israel não se pronunciou ainda sobre o facto de lhe estar a ser apontada a autoria destes ataques.

A travar maiores ganhos do petróleo continua a estar a fraca procura por parte da China, devido ao desacelerar do crescimento económico do país – que é o maior importador mundial desta matéria-prima.

A produção nas refinarias chinesas abrandou em agosto, pelo quinto mês consecutivo. Também a produção industrial desacelerou em agosto, para mínimos de cinco meses, além de as vendas a retalho e as vendas de casas novas estarem a revelar maior debilidade.

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