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Trump volta a atacar sector automóvel. Desta vez é a Toyota
O presidente eleito dos Estados Unidos voltou a atacar uma empresa do sector automóvel, a Toyota. Trump diz que se construtora que vender carros nos EUA tem de construí-los em solo americano.
Na rede social Twitter, Donald Trump, afirmou: "A Toyota Motor disse que vai construir uma nova fábrica em Baja, no México, para construir o [modelo] Corolla para os Estados Unidos. DE FORMA ALGUMA! Construam uma fábrica nos Estados Unidos ou paguem um grande imposto aduaneiro".
Toyota Motor said will build a new plant in Baja, Mexico, to build Corolla cars for U.S. NO WAY! Build plant in U.S. or pay big border tax.
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 5 de janeiro de 2017
Em reacção às palavras de Donald Trump no Twitter, as acções da Toyota que transaccionam em Nova Iorque (American Depositary Receipts) recuaram 0,72% para 120,32 dólares.
Na última terça-feira, 3 de Janeiro, Trump lançou criticas à General Motors (GM) pela produção do seu modelo Chevy Cruze no México, que é depois vendido nos Estados Unidos. Juntamente com a observação, Trump ameaçou que, caso a GM não passasse a produção do veículo para os EUA, seria sujeito ao pagamento de altas taxas alfandegárias, algo que escreveu também na mensagem em que hoje que aponta baterias à Toyota.
"A General Motors produz o Chevrolet Cruze em Lordstown, Ohio", afirma, por sua vez, o fabricante. Já o Chevrolet Cruze de cinco portas, com fracas vendas nos Estado Unidos e com destino ao mercado global, tem o seu processo de fabrico sediado no México.
Em alternativa, a Ford vai investir 700 milhões de dólares (em torno de 672 milhões de euros) para expandir a capacidade da fábrica que tem em Flat Rock, no Michigan. Serão criados 700 postos de trabalho na unidade norte-americana, onde serão desenvolvidos automóveis autónomos e eléctricos. Já a próxima geração do Ford Focus será produzida na unidade mexicana de Hermosillo.
O CEO da Ford, Mark Fields, disse à CNN que este investimento no Michigan é um "voto de confiança" no novo ambiente de negócios que está a ser criado por Donald Trump, bem como na economia norte-americana.
Ainda assim, o CEO da construtora automóvel assegurou que esta decisão não foi tomada depois de qualquer negociação com o presidente eleito dos Estados Unidos. "Não fizemos nenhum negócio com Trump. Fizemos o nosso negócio", assegurou Fields, que comunicou a decisão da companhia a Trump e ao seu vice-presidente naquele dia.
No dia seguinte, o presidente eleito dos EUA agradeceu à construtora automóvel "por desistir de uma nova fábrica no México e criar 700 novos empregos nos EUA".
(Notícia actualizada às 18:43 com mais informação)