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Trump: Decisão do juiz sobre veto à imigração é "ridícula" e vai ser revertida

Donald Trump já reagiu, de viva voz, à decisão do juiz James Robart de suspender a eficácia da ordem executiva que impede a entrada de cidadãos oriundos de sete países de maioria muçulmana e limita o acolhimento de refugiados.

Reuters
04 de Fevereiro de 2017 às 13:22
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O presidente norte-americano voltou a usar o Twitter, desta vez para criticar a decisão tomada pelo juiz James Robart de suspender o efeito da ordem executiva assinada há uma semana por Donald Trump e que limita a entrada de alguns estrangeiros e refugiados no país.


"A opinião desse dito juiz, que basicamente afasta o cumprimento da lei no nosso país, é ridícula e vai ser revertida!," escreveu numa de três mensagens consecutivas.

"Grande problema quando um país já não pode dizer quem pode entrar e sair, especialmente por razões de segurança. É interessante que alguns países do Médio Oriente concordem com a medida. Sabem que se certas pessoas entrarem significa morte e destruição," acrescentou.

A intenção de contestar a suspensão temporária da proibição de entrada de imigrantes de sete países de maioria muçulmana por três meses e a suspensão do programa de acolhimento de refugiados por quatro meses já tinha sido, esta madrugada, manifestada pelo porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer.

James Robart decidiu suspender a eficácia da ordem executiva até que a queixa apresentada pelo procurador-geral de Washington, Bob Ferguson, seja totalmente analisada.
 
A queixa de Ferguson defende que Trump violou os direitos dos imigrantes estabelecidos na Constituição, nomeadamente o da igualdade de tratamento. 

Na sequência da decisão do juiz Robart, a agência federal com responsabilidades na imigração informou as companhias aéreas que os vistos dos cidadãos do Irão, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iémen (os países abrangidos pelo impedimento) voltam a ser válidos e que esses passageiros devem ser aceites nos seus voos, refere a Lusa.

A Etihad Airways, a Qatar Airways e a Emirates disseram à Reuters que vão permitir o embarque nos seus voos aos passageiros anteriormente impedidos de entrar pela ordem de Trump, sujeito ao cumprimento das regras de aceitação que existiam antes da decisão do presidente norte-americano. Também a Air France, a Iberia, a Lufthansa e a Egypt Air começaram a aceitar aqueles passageiros.

(Notícia actualizada às 13:41 com mais informação)

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