Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Trump pede ao Supremo Tribunal dos EUA para repor decreto sobre imigração

Um ponto central no caso é se os tribunais devem considerar as declarações feitas por Trump sobre a sua intenção de impedir a entrada de muçulmanos nos EUA.

Joshua Roberts/Reuters
02 de Junho de 2017 às 07:20
  • ...
A administração do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu ao Supremo Tribunal do país para repor o decreto de lei para impedir a entrada de pessoas de seis países de maioria muçulmana.

O Departamento de Justiça argumenta que o tribunal de recurso em Richmond, baseado no Estado da Virgínia, cometeu vários erros na sua decisão contra o veto migratório de Trump.

O tribunal de recurso do 4.º circuito sustentou, no final de maio, uma decisão de um tribunal de nível inferior que bloqueou a decisão da administração republicana que pretendia bloquear temporariamente a emissão de vistos para nacionais do Irão, da Líbia, Somália, do Sudão, da Síria e do Iémen.

O tribunal de Richmond foi o primeiro dos tribunais de recurso a emitir uma decisão sobre a segunda versão da proibição daquelas entradas, que a administração Trump esperava que não tivesse os problemas legais apresentados pela primeira.

"O congresso atribuiu ao Presidente um poder alargado para negar a entrada a estrangeiros, mas esse poder não é absoluto. Não pode ficar sem controlo quando, como aqui, o Presidente o exerce através de uma ordem executiva que cria prejuízos irreparáveis a pessoas em toda a nação", escreveu o juiz chefe do circuito, Roger L. Gregory.

Um ponto central no caso é se os tribunais devem considerar as declarações feitas por Trump sobre a sua intenção de impedir a entrada de muçulmanos nos EUA.

O juiz federal do Estado do Maryland que bloqueou a interdição citou comentários feitos por Trump e os seus colaboradores, durante e depois da campanha eleitoral, como prova de que esta política era motivada basicamente pela religião.

A administração Trump argumentou que o tribunal não deveria considerar outros factores para além do texto da ordem executiva, que não menciona a religião.

Os países em causa não foram escolhidos porque são predominantemente muçulmanos, mas porque apresentam riscos de terrorismo, argumentou a Casa Branca. Alguns dos 13 juízes do tribunal de recurso que ouviram estes argumentos no início do mês pareceram cépticos quanto ao raciocínio da Casa Branca.
Ver comentários
Saber mais Trump EUA imigrantes
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio