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CEO da Tesla continua a aconselhar Trump e diz que alertou para alterações climáticas

Elon Musk diz que foi a seu pedido que a questão do veto à entrada de imigrantes foi debatida na reunião de conselheiros de Trump e que sair deste fórum seria "errado".

04 de Fevereiro de 2017 às 18:13
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O presidente executivo da Tesla, Elon Musk, diz que vai continuar no conselho consultivo criado pelo chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, e que tem alertado nesse fórum para o fenómeno das alterações climáticas, de que a "entourage" do presidente dos EUA é céptica.

A garantia de permanência no órgão foi dada este sábado pelo próprio Musk, na rede social Twitter e acontece depois de outro líder empresarial, o presidente da plataforma digital de reserva de transporte Uber, ter deixado esta semana aquele conselho por receio de associação a Trump.

"Além disso, voltei a levantar a questão do clima [alterações climáticas]. Acredito que está a correr bem, por isso vou manter-me no conselho. Proceder de outra forma seria errado," escreveu numa de várias mensagens.

Musk acrescentou que a limitação imposta à entrada de imigrantes no país foi um dos temas debatidos a seu pedido na reunião desta sexta-feira do conselho e defendeu que as preocupações em torno desta questão devem ser levantadas "em todas as frentes: judicial, legislativa e executiva."

O CEO da Tesla foi um dos líderes empresariais a levantar objecções à ordem executiva de Trump emitida há uma semana e que proíbe por três meses a entrada de cidadãos oriundos de sete países maioritariamente muçulmanos.

Esta sexta-feira o juiz James Robart decidiu suspender a eficácia da ordem executiva até que a queixa apresentada pelo procurador-geral de Washington, Bob Ferguson, contra a decisão de Trump seja totalmente analisada.

A queixa de Ferguson defende que Trump violou os direitos dos imigrantes estabelecidos na Constituição, nomeadamente o da igualdade de tratamento.

Na sequência da decisão do juiz Robart, a agência federal com responsabilidades na imigração informou as companhias aéreas que os vistos dos cidadãos do Irão, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iémen (os países abrangidos pelo impedimento) voltam a ser válidos e que esses passageiros devem ser aceites nos seus voos.

"A opinião desse dito juiz, que basicamente afasta o cumprimento da lei no nosso país, é ridícula e vai ser revertida!", prometeu entretanto Donald Trump em mensagem colocada no Twitter. 

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