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EUA podem anunciar tarifas sobre as importações chinesas no final da semana

A possibilidade de Trump aplicar taxas alfandegárias sobre os bens chineses que entram nos EUA parece estar a ganhar força. Um membro da administração Trump admitiu à Reuters que essas tarifas podem ser anunciadas na sexta-feira.

É a possível estrela de Davos. A presença de Donald Trump consta do programa, numa intervenção prevista para 26 de Janeiro às 13 horas locais (mais uma que em Lisboa). Chegou a noticiar-se nos Estados Unidos que a sua presença estava em dúvida, devido ao 'shutdown' no país, onde republicanos e democratas não estavam a conseguir acordo para o orçamento. O 'shutdown' terminou. E Trump é esperado no Forum de líderes.
Ana Laranjeiro alaranjeiro@negocios.pt 21 de Março de 2018 às 15:48

Os Estados Unidos podem, de facto, estar mais próximos de dar um mais um passo para implementarem uma política comercial proteccionista. Há já alguns dias que as agências de informação avançavam que os Estados Unidos estavam a estudar a possibilidade de aplicarem taxas aduaneiras sobre as importações chineses que entram em solo norte-americano.

Agora, um membro da administração Trump admitiu à Reuters que o anúncio dessas tarifas pode ser feito já na próxima sexta-feira. Inicialmente, estaria pensado que essa comunicação pudesse ser feita amanhã, quinta-feira, não adiantando a Reuters quais os motivos para este possível atraso.

Há uma semana, a Reuters, citando fontes, avançava que os EUA estavam a preparar-se para aplicar tarifas sobre as importações chinesas, no valor de 60 mil milhões de dólares, devendo estas taxas incidir nomeadamente sobre o sector tecnológico e de telecomunicações. O presidente norte-americano estará também a ponderar impor limites ao investimento chinês nos EUA.

A aplicação destas taxas alfandegárias sobre os produtos chineses que entram nos Estados Unidos deverá ser associada com a "Section 301" da investigação realizada no âmbito da propriedade intelectual, criada pelo U.S. Trade Act em 1974, de acordo com uma terceira fonte da agência de informação.


Além disso, admitiu essa fonte da Reuters, apesar de os impostos deverem incidir sobretudo sobre produtos tecnológicos, electrónica de consumo e telecomunicações, a lista de produtos abrangidos pode ser mais ampla, incluindo eventualmente 100 bens.


A administração do presidente Trump deve assim colocar na sua mira as empresas tecnológicas chinesas com o objectivo de punir Pequim pelas suas políticas que obrigam as companhias norte-americanas a revelarem os seus segredos tecnológicos de forma a poderem operar em solo chinês, aponta a Reuters.

Esta possibilidade de os EUA aplicarem mais taxas aduaneiras sobre os bens provenientes da China e que entram em solo americano surge alguns dias depois do presidente Donald Trump ter assinado o documento que determina a entrada em vigor das tarifas sobre as importações sobre aço e alumínio.

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