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Brasil processa empresas em 5 mil milhões de euros pelo colapso da barragem da Samarco
O Governo do Brasil decidiu instaurar um processo judicial contra duas das maiores empresas mineiras para fazer face ao que diz ser o pior desastre ambiental, causado pelo colapso de barragens mineiras. Brasília pede 20 mil milhões de reais, perto de cinco mil milhões de euros.
O Governo de Dilma Rousseff (na foto) decidiu instaurar um processo judicial contra duas empresas de minas – a Vale e a BHP Billiton -, que detêm a Samarco, para fazer face ao que é descrito como sendo o pior desastre ambiental, causado pelo colapso das barragens mineiras. Neste sentido, Brasília pede 20 mil milhões de reais para fazer face a este desastre – perto de cinco mil milhões de euros.
De acordo com a Reuters, o colapso da barragem da Samarco, detida pela empresa BHP Billiton e pela Vale, no passado dia 5 de Novembro, matou pelo menos 13 pessoas. Além disso, foi derramada lama com resíduos da mina que chegaram ao rio Doce e ao oceano Atlântico.
Na cimeira do Clima, a COP21, a Presidente do Brasil classificou mesmo este desastre como a "acção irresponsável de uma empresa" e acrescentou que "vamos punir severamente os responsáveis por esta tragédia".
A agência de informação explica que o Brasil está a recorrer aos tribunais devido a este acidente e que gostaria de firmar com as duas empresas que detêm a Samarco um acordo semelhante ao que os Estados Unidos obtiveram com a BP, depois do derramamento de petróleo no Golfo do México.
Entretanto, e de acordo com a imprensa brasileira, a Samarco foi obrigada pelas autoridades judiciais brasileiras a fazer um depósito no valor de mil milhões de reais, menos de 250 milhões de euros, para assegurar a reparação dos danos provocados pelo colapso da barragem.
Na última sexta-feira, 27 de Novembro, a Vale e BHP revelaram a criação de um fundo para ajudar na limpeza do Rio Doce.