Notícia
Sonangol desmente tribunal da Operação Fizz
A petrolífera angolana diz que o tribunal invocou "o seu nome de forma falsa, imputando-lhe a prática de factos que não correspondem minimamente à verdade".
A Sonangol, no referido comunicado, garante não ter "qualquer espécie de relação" com a Primagest, empresa através da foram pagos a Orlando Figueira 630 mil euros e que conduziu à condenação do procurador Orlando Figueira a seis anos e oito meses de prisão, tendo o Tribunal dado como provado que tinha sido corrompido por Manuel Vicente quando este era ainda presidente da Sonangol.
No comunicado, a Sonangol considera falsos os pressupostos invocados pelo Tribunal. A petrolífera rejeita qualquer ligação à Primagest, assim como a outras empresas indentificadas no processo, casos da Berkeley, Leadervaleu e Coba. Acescenta que a Sonangol nunca foi accionista do então Banco Privado Atlântico Europa ou que "alguma vez tenha indicado Manuel Domingos Vicente" para cargos neste banco.
Segundo a Sonangol também "não é verdade" que tenha conferido ou solicitado poderes ao advogado N'Gunu Tiny para a representar "em qualquer espécie de operação" relacionada com a Coba.
A Sonangol critica o Tribunal por em momento algum ter questionado a empresa "sobre os pontos que agora levanta na sua decisão". "Credibilizar documentação pessoal de advogados e terceiros sobre a Sonangol em detrimento do que esta empresa afirma é demonstração de desrespeito a que o Tribunal parece ter votado esta empresa, não cumprindo sequer o contraditório".
O tom do comunicado da petrolífera estatal é particularmente duro para com o Tribunal. "A Sonangol exige e merece respeito e não aceita que se invoque o seu nome de forma falsa, imputando-lhe a prática de factos que não correspondem mínimamente à verdade". E acrescenta: "Não pondo em causa o respeito que Manuel Domingos Vincente mereça, procurar confundir esta empresa com um dos seus presidentes é, não só, lamentável, mas, acima de tudo, demonstra, uma vez mais, preconceito e pré-juízo".