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Angola disponibiliza dinheiro para pagar salários a expatriados

O Banco Nacional de Angola vendeu à banca comercial 62 milhões de dólares (56,2 milhões euros), para que esta possa fazer a cobertura de operações de salários dos trabalhadores expatriados.

Simon Dawson/Bloomberg
16 de Dezembro de 2015 às 10:16
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O Banco Nacional de Angola (BNA) disponibilizou, no espaço de uma semana, 62 milhões de dólares (56,2 milhões de euros) aos bancos comerciais, montante destinado à cobertura de operações de salários dos expatriados, noticiou a agência Lusa.


Nas últimas semanas têm sido recorrentes as queixas de portugueses a trabalharem em Angola com salários em atraso. No final de Novembro, o Sindicato da Construção Civil (STC) denunciou ao Jornal de Notícias que cerca de 80 mil trabalhadores portugueses deste sector tinha salários em atraso em Angola, entre dois e seis meses. O STC estima que existam 200 mil portugueses a trabalhar no sector da construção civil, sendo que todos os meses estarão a abandonar este país cerca de 500 trabalhadores.


No total, calcula-se que mais de 250 mil portugueses estejam a trabalhar em Angola, nos mais diversos sectores de actividades, sobretudo concentrados na província da Luanda, a capital do país.


Além de ter disponibilizado dólares para o pagamento de salários, o BNA vendeu à banca comercial 87,4 milhões de dólares (79,3 milhões de euros) para pagar operações de telecomunicações e 48,7 milhões de dólares (44,2 milhões de euros) para cobertura de operações de companhias aéreas.


Somadas estas três rubricas, o BNA injectou 356,1 milhões de dólares (323,4 milhões de euros) na última semana, um aumento de 215% face ao realizado na semana anterior. "Este volume de divisas destinou-se fundamentalmente à cobertura de operações de natureza prioritária", explicou o BNA no seu relatório semanal.


Um relatório da Moody’s, publicado a 15 de Dezembro, aponta Angola como o país da África subsaariana mais afectado pelo aumento da dívida denominada em moeda estrangeira. Uma situação que resulta da dependência de Angola face ao petróleo, , cuja produção e exportação valia mais de 75% das receitas fiscais e representava mais de 95% das exportações do país antes da crise.

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