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Angola disponibilizou quase 60 milhões para salários a expatriados

Pouco mais de cinco por cento das divisas disponibilizadas pelo Banco Nacional de Angola (BNA) aos bancos comerciais em Dezembro destinaram-se a garantir as transferências de salários de trabalhadores expatriados.

Angola, com 15 pontos, ocupa o 163.º lugar. É dos últimos.
16 de Fevereiro de 2016 às 11:46
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Um relatório mensal daquela instituição, a que a Lusa teve acesso, revela que o BNA disponibilizou, no último mês de 2015, pouco mais de 65 milhões de dólares (58,1 milhões de euros) para salários de trabalhadores não residentes em Angola, num total de vendas de divisas à banca comercial que ascenderam a 1.176 milhões de dólares (mil milhões de euros).

Angola vive há mais de um ano uma profunda crise financeira, económica e cambial decorrente da quebra da cotação do barril de crude no mercado internacional, que fez diminuir para metade as receitas com a exportação de petróleo.

Dada a diminuição na entrada de divisas no país, a situação tem afectado igualmente as transferências de salários de trabalhadores expatriados para o exterior, provocando vários atrasos relatados publicamente.

As divisas para garantir estes salários integram as denominadas "vendas direccionadas" de divisas pelo BNA, priorizadas, que atingiram em Dezembro os 911,41 milhões de dólares (815 milhões de euros).

Foram desbloqueados, deste total, 81,7 milhões de dólares (73 milhões de euros) para companhias aéreas, 65,9 milhões de dólares (58,9 milhões de euros) para compra de matérias-primas ao exterior, entre outras áreas, como viagens, medicamentos, seguradoras, compra de alimentos e ajuda a familiares no estrangeiro, além do sector petrolífero, refere o BNA.

Ainda nas vendas direccionadas, o banco central afirma ter atribuído 41,5 milhões de dólares (37,1 milhões de euros) às operadoras de remessas de valores (para o exterior) e por intermédio das operadoras dos bancos comerciais.

Contudo, não foram feitas vendas às casas de câmbio, contrariamente ao que vinha acontecendo desde o segundo semestre de 2015, com estas empresas a queixaram-se da falta de acesso a divisas através dos bancos comerciais
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