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Rodrigo Rato fica em liberdade mas sem passaporte
Depois de três horas de depoimento, o juiz responsável pelo processo de Rato decretou que o antigo ministro espanhol poderá ficar em liberdade mas terá de entregar, no prazo de cinco dias, o seu passaporte.
Rodrigo Rato aguardará por julgamento em liberdade mas ficará privado do seu passaporte. Depois de na manhã desta terça-feira, 6 de Outubro, o ex-ministro da Economia ter prestado um depoimento durante cerca de três horas, o juiz de instrução responsável pelo processo, Antonio Serrano-Arnal, decidiu que Rodrigo Rato ficará a aguardar em liberdade pelo julgamento em que surge acusado de crimes de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção entre pessoas particulares.
O juiz de instrução decidiu ainda que Rato terá de entregar, no prazo de cinco dias, o seu passaporte, o que deixará o também antigo director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) restringido a viagens dentro da União Europeia (UE). Rodrigo Rato terá ainda de comparecer uma vez por mês às instalações dos julgados de paz em Madrid, na Plaza de Castilla.
De acordo com o El País, a decisão do juiz Serrano-Arnal não contemplou medidas cautelares mais duras porque tal não foi solicitado pelo representante fiscal. Entretanto, já amanhã e quinta-feira Serrano-Arnal irá ouvir 16 testemunhas arroladas ao processo.
Durante as três horas em que prestou testemunho perante o juiz de instrução, Rodrigo Rato terá respondido a questões relacionadas com os alegados crimes de que é acusado e que levaram à sua detenção no passado dia 16 de Abril. Desde então, Rato esteve detido em prisão preventiva.
O antigo governante espanhol permanece acusado de cinco crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais, a que se soma agora o crime de corrupção entre particulares. Isto depois de na semana passada, a secretária pessoal de Rato e um alegado testa-de-ferro terem sido detidos devido ao alegado envolvimento nas práticas de corrupção entre pessoas particulares.