A Telefónica, operadora de telecomunicações espanhola, ajudou Rodrigo Rato (na foto), ex-presidente do Bankia e antigo vice-presidente dos Governos de Aznar, a fugir aos impostos. A conclusão está presente num relatório da Guardia Civil e citado pelo El Mundo. Esta ajuda terá sido necessária para essa fuga aos impostos e concedida de forma "consciente".

O jornal espanhol aponta que o relatório dos investigadores espanhóis indica que Rodrigo Rato terá emitido facturas para a empresa liderada, à época, por César Alierta, através da sua empresa Kradonara. No relatório, de acordo com a mesma fonte, Rato sabia que "incorria em fraude por simulação" e tudo o que fez foi "com a ajuda de um dos seus advogados, Domingo Plazas, e com conivência e colaboração necessária de Ramiro Sánchez de Lerín como representante da Telefónica".

Este último é secretário-geral da operadora espanhola e líder dos serviços jurídicos da empresa. Teve também a incumbência de contratar Rodrigo Rato, de acordo com a mesma fonte. Em declarações às autoridades, Sánchez de Lerín sublinhou que sabia que claramente quem estava a ser contratado porque "a partir do gabinete da presidência [da Telefónica] foi indicado que o serviço ia ser prestado por Rato".

A Guardia Civil criticou Sánchez de Lerín e refere ao juiz, no seu relatório, que a relação entre Rato e a operadora conta com delitos fiscais e de bloqueio de capitais.