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Testa-de-ferro e secretária de Rodrigo Rato foram detidos
A secretária e um dos presumíveis testas-de-ferro do antigo director do FMI foram detidos por suspeitas da prática de corrupção. A detenção aconteceu horas antes do interrogatório a Rodrigo Rato na última madrugada.
Ainda antes de se iniciar, na última madrugada, o interrogatório a Rodrigo Rato, ex-ministro da Economia, Teresa Arellano, sua secretária pessoal, e uma outra pessoa suspeita de servir de testa-de-ferro do também antigo director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), foram detidos por suspeita da prática de corrupção entre pessoas particulares.
De acordo com a imprensa espanhola, tanto a secretária como o presumível testa-de-ferro deverão prestar testemunhos enquanto arguidos por diversos crimes ainda esta sexta-feira, 2 de Outubro. Já depois de efectuadas estas detenções, Rodrigo Rato respondeu, na noite de quinta para sexta-feira, em interrogatório das autoridades espanholas que constituíram o antigo ministro como arguido pelos crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais.
Na sequência deste interrogatório, Rato viu ser-lhe imputado também um delito por corrupção entre particulares. O El País escreve que as duas detenções bem como a imputação de um terceiro crime a Rodrigo Rato aconteceram na sequência da confissão feita a um juiz pelo empresário mexicano Alberto Portuondo que foi detido em Agosto quando se preparava para viajar de avião para o México. Alberto Portuondo confessou que pagou, durante quase dois anos, 40 mil euros por mês a Rato.
Rodrigo Rato, que também foi presidente do Bankia, foi detido em Abril passado por suspeitas de branqueamento de capitais, fraude e apropriação indevida de bens, numa operação judicial originada já depois de ter sido revelado que o ex-governante teria aproveitado a amnistia fiscal de 2012 para regularizar o seu património.