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PP espanhol expulsa militantes sob investigação incluindo Rodrigo Rato
O Partido Popular, no poder em Espanha, anunciou na segunda-feira ter expulsado o ex-director do FMI Rodrigo Rato e todos os outros membros do partido sob investigação por terem utilizado cartões de crédito profissionais para despesas pessoais.
Rato e cerca de 80 membros da classe dirigente espanhola são acusados de violação do direito das empresas por terem gasto um total de 15 milhões de euros em discotecas, safaris e artigos de luxo com cartões de crédito da Caja Madrid e do Bankia e escapado ao fisco.
Ex-director do Fundo Monetário Internacional, ministro da Economia e 'número dois' do Governo Aznar durante os seus dois mandatos (1996-2004), Rodrigo Rato, de 65 anos, tinha pedido uma suspensão temporária da sua adesão ao partido conservador durante o inquérito. Faz parte dos 13 suspeitos membros do Partido Popular (PP).
"O comité dos direitos e garantias do Partido Popular reuniu-se hoje (segunda-feira) e expulsou todos os seus membros afectados pelos cartões de crédito Bankia/Caja Madrid", declarou o PP num comunicado.
O principal partido da oposição, o Partido Socialista Espanhol (PSOE), decidiu no passado dia 14 expulsar os seus membros implicados no escândalo e criticou o PP por não ter feito o mesmo.
O caso desperta indignação num país onde um quarto da população activa está desempregado.