Notícia
Mudanças no IRS podem beneficiar 1,5 milhões de famílias
Nas negociações com a esquerda, hoje avançadas pelo Público, o Governo está a equacionar propor o desdobramento do segundo escalão em dois e desagravar o terceiro. De fora do alívio ficam 100 mil famílias nos escalões superiores.
28 de Agosto de 2017 às 09:07
O Governo está a equacionar alterações no IRS que prevêem, na passagem do imposto para seis escalões, o desdobramento do segundo escalão e o desagravamento para o terceiro, que deverão significar uma redução de imposto para 1,5 milhões de famílias.
O exercício é noticiado pelo Público, que refere que este universo corresponde ao de contribuintes dos segundo e terceiro escalões.
Já as 100 mil famílias com rendimentos mais elevados (acima dos 40 mil euros) ficam de fora do alívio.
As alterações que estão a ser estudadas resultam, refere o diário, não só da pressão à esquerda como de fiscalistas que alertam para a desigualdade que seria o desdobramento do segundo escalão sem travar o efeito nos escalões de rendimento mais elevados. Em qualquer dos casos, as taxas de imposto não vão mudar.
A 7 de Junho, o ministro das Finanças tinha avançado com a intenção de desdobrar o segundo escalão e com esta solução conseguir o desagravamento fiscal. Agora parece ir mais além, ao admitir mexer no terceiro escalão, alargando assim o número de famílias que pode beneficiar da medida.
Espera-se que Mário Centeno apresente, no âmbito das negociações para o Orçamento do Estado de 2018, uma proposta que vá além dos 200 milhões de euros inicialmente apontados para suportar estas alterações, mas que o número ficará abaixo dos 600 milhões reclamados pelo Bloco.
O Público cita uma fonte socialista não identificada que diz que PCP e Bloco pretendem que as alterações sejam sentidas pela classe média das zonas urbanas de Lisboa e Porto e que o PS está de acordo.
Este fim-de-semana o líder socialista, António Costa, tinha prometido melhorar a progressividade e aumentar os escalões do IRS, mantendo a trajectória de controlo do défice, enquanto a líder do Bloco, Catarina Martins, se disponibilizou para "modelar os tectos nos escalões mais altos para que a recuperação seja maior nos mais baixos". O Bloco reúne esta terça-feira com o Governo para negociar a proposta orçamental.
Já o líder social-democrata Pedro Passos Coelho acusou o Governo de "fazer demagogia, propaganda e populismo" com o tema, destinado a "caçar votos" antes das eleições autárquicas, enquanto a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, afirmou que "não houve nenhum virar de página na austeridade."
O exercício é noticiado pelo Público, que refere que este universo corresponde ao de contribuintes dos segundo e terceiro escalões.
As alterações que estão a ser estudadas resultam, refere o diário, não só da pressão à esquerda como de fiscalistas que alertam para a desigualdade que seria o desdobramento do segundo escalão sem travar o efeito nos escalões de rendimento mais elevados. Em qualquer dos casos, as taxas de imposto não vão mudar.
A 7 de Junho, o ministro das Finanças tinha avançado com a intenção de desdobrar o segundo escalão e com esta solução conseguir o desagravamento fiscal. Agora parece ir mais além, ao admitir mexer no terceiro escalão, alargando assim o número de famílias que pode beneficiar da medida.
Espera-se que Mário Centeno apresente, no âmbito das negociações para o Orçamento do Estado de 2018, uma proposta que vá além dos 200 milhões de euros inicialmente apontados para suportar estas alterações, mas que o número ficará abaixo dos 600 milhões reclamados pelo Bloco.
O Público cita uma fonte socialista não identificada que diz que PCP e Bloco pretendem que as alterações sejam sentidas pela classe média das zonas urbanas de Lisboa e Porto e que o PS está de acordo.
Este fim-de-semana o líder socialista, António Costa, tinha prometido melhorar a progressividade e aumentar os escalões do IRS, mantendo a trajectória de controlo do défice, enquanto a líder do Bloco, Catarina Martins, se disponibilizou para "modelar os tectos nos escalões mais altos para que a recuperação seja maior nos mais baixos". O Bloco reúne esta terça-feira com o Governo para negociar a proposta orçamental.
Já o líder social-democrata Pedro Passos Coelho acusou o Governo de "fazer demagogia, propaganda e populismo" com o tema, destinado a "caçar votos" antes das eleições autárquicas, enquanto a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, afirmou que "não houve nenhum virar de página na austeridade."