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Finanças admitem ir até aos 230 milhões na revisão do IRS e do mínimo de existência
Ainda longe das exigências da esquerda, Mário Centeno admite ir além dos 200 milhões iniciais, mas as suas contas apontam para uma dotação de apenas 230 milhões, segundo o Diário de Notícias. Rendimentos até 12 mil euros terão taxa de 22,5%, mas só em 2019.
A equipa das Finanças admite uma dotação de 230 milhões de euros para reduzir o IRS para parte dos contribuintes que estão hoje em dia no segundo escalão do IRS e para a revisão do limite do chamado mínimo de existência, adianta esta quinta-feira, 14 de Setembro, o Diário de Notícias.
No que toca ao IRS, que está em cima da mesa será, tal como tem vindo a ser noticiado, um desdobramento do actual segundo escalão do IRS, aplicado a rendimentos entre 7.091 euros e 20.261 euros e com uma taxa de 28,5%. A ideia, escreve o DN, é que, para quem tenha entre 7.091 e 12.000 euros, seja fixada já para o próximo ano uma redução da taxa para os 24,5%, menos quatro pontos percentuais. Em 2019, prossegue o jornal, a taxa volta a descer para os 22,5%, ficando isso inscrito desde já no Orçamento do Estado. Quanto aos contribuintes que tenham entre 12.000 e 20.261 euros, manter-se-ão os 28,5% de taxa.
Esta redução custará 150 milhões aos cofres do Estado, a que se junta uma quebra de receita de 80 milhões derivada do aumento do mínimo de existência, actualmente de 8.500 euros e deverá aumentar para os 8.850 euros no próximo ano, também na sequência do Orçamento do Estado.
A proposta do Governo continua longe do que pretendem os partidos que o apoiam no Parlamento. O PCP quer que os actuais cinco escalões de IRS passem a dez e o Bloco de Esquerda tem defendido que o Estado reserve 600 milhões de euros para aumentar os rendimentos dos contribuintes.