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Portas: Governo esteve quase a conseguir acordo com PS sobre IRC

A votação final global do regime de IRC está fora do guião de votações de sexta-feira.

Bruno Simão/Negócios
12 de Dezembro de 2013 às 22:21
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O presidente do CDS/PP e vice-primeiro-ministro disse hoje que o Governo esteve "quase" a conseguir um acordo com o PS para a reforma do IRC e que à última hora os socialistas "voltaram atrás".

 

Paulo Portas disse aos jornalistas, à entrada para um jantar do CDS/PP na Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa, que o Governo tinha acolhido 70% das propostas dos socialistas e defendeu a necessidade de diálogo para conseguir acordos em políticas fundamentais para o país.

 

O líder do CDS//PP considerou que a reforma do imposto sobre rendimento de pessoas colectivas "é boa sobretudo para as micro e pequenas empresas, mas também para as médias empresas, e não tanto para as grandes".

 

"Na minha leitura, o Governo e o Partido Socialista estiveram perto de um acordo, para isso contribuiu que nós tivéssemos aceite, total ou parcialmente, cerca de 70% das ideias principais do maior partido da oposição", disse.

 

"Havia ainda alguns pontos de desacordo e na hora da verdade o Governo fez um passo em frente, procurando formas de compromisso e o Partido Socialista acabou por dar um passo atrás situando-se na distância", disse Paulo Portas.

 

O vice-primeiro-ministro defendeu ainda a necessidade de haver em Portugal uma maior cultura de negociação.

 

"Não é pecado sentar-se à mesa com um adversário político, manter a firmeza na diferença de ideias, que é natural em democracia, mas procurar chegar a acordo, procurar fazer compromisso, estar disponível para fazer cedências em nome de um interesse superior que é o do país e dos cidadãos", sustentou.

 

Para Paulo Portas, Portugal precisa de um nível de cultura de negociação, de cultura de compromisso e de cultura de aproximação "mais significativo" do que o que tem hoje.

 

Questionado sobre se ainda é possível chegar a acordo com o PS para a reforma do IRC, Paulo Portas disse que a legislatura vai a meio.

 

 

Votação final de IRC fora do guião de votações do plenário de sexta-feira

O socialista Eduardo Cabrita, que preside à comissão parlamentar de Orçamento, afirmou hoje que a votação final global do regime de IRC está fora do guião de votações de sexta-feira.

 

Estas afirmações foram feitas depois de o deputado social-democrata Duarte Pacheco ter dito, na comissão, que tinha informações segundo as quais a votação sobre o regime de IRC (Imposto sobre o Rendimento sobre Pessoas Colectivas) em plenário estava agendada para sexta-feira.

 

O deputado Eduardo Cabrita confirmou junto dos serviços de apoio à comissão que a votação do regime do IRC não está no guião de votações de sexta-feira e, em declarações à agência Lusa, disse que, "neste momento, a votação não está marcada" para este dia.

 

Os deputados da comissão parlamentar interromperam os trabalhos cerca das 21:00 para ouvir a entrevista do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, à TVI, sendo retomadas as votações às 22:00.

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