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Venda de casas estagnou, mas arrendamentos aumentaram em Dezembro
A compra e venda de imóveis estagnou em Dezembro, mas, em contrapartida, verificou-se um reforço da procura por arrendamento, revela o inquérito mensal do Confidencial Imobiliário e do RICS, divulgado esta quarta-feira, 3 de Fevereiro.
A actividade de compra e venda de habitações estagnou em Dezembro, ao mesmo tempo que a procura por arrendamento continuou a reforçar-se, revela o último inquérito ao mercado da habitação, realizado pela RICS, consultora internacional de imobiliário, e pela Confidencial Imobiliário (Ci). Ainda assim, as empresas imobiliárias participantes no inquérito antecipam que esta seja uma tendência temporária e que as perspectivas apontam para que "as vendas retomem a sua trajectória ascendente no curto prazo".
No mercado de compra e venda de imóveis, o ritmo de consultas por potenciais clientes estagnou em Dezembro pela primeira vez desde o final de 2013, com o volume de vendas a manter-se também inalterado. Já do lado da oferta o sentimento de mercado não é igual entre os mediadores e os promotores imobiliários, com os primeiros a reportarem um ligeiro acréscimo das suas transacções enquanto os segundos dão conta de um declínio considerável das vendas.
No arrendamento registaram-se mais procuras ao longo de Dezembro, mas a oferta não acompanhou o ritmo, o que levou a que os valores das rendas habitacionais tenham voltado a subir, uma tendência que, aliás, já se regista "de forma constante ao longo dos últimos oito meses em Portugal". As expectativas dos inquiridos apontam para que assim continue nos próximos tempos, "prevendo mesmo um crescimento adicional das rendas no curto prazo", referem os responsáveis do inquérito em comunicado.
Apesar de as vendas terem estagnado em Dezembro, os preços continuaram a recuperar em todo o país. As expectativas do sector mantêm-se em terreno positivo, antecipando uma subida deste indicador em cerca 2% ao longo dos próximos 12 meses e a um ritmo médio de 4% ao ano durante os próximos cinco anos.
O Algarve lidera nas estimativas de subida de preços (na ordem dos 3%), seguem-se-lhe Lisboa e Porto (2% e 1%, respectivamente).