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Governo vai a Belém fazer balanço do PRR e Marcelo visita obras no terreno
O Presidente da República lamenta “lentidão” na abertura de concursos e lembra que Portugal pode recorrer aos empréstimos da bazuca. Costa vai para a semana fazer um ponto de situação dos fundos.
O Governo vai para a semana a Belém fazer um ponto de situação sobre a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), sendo que Marcelo Rebelo de Sousa anunciou a ida ao terreno para visitar as obras já concluídas.
"[O primeiro-ministro] virá à Presidência da República fazer o ponto de situação do PRR", anunciou o Presidente da República em declarações aos jornalistas, transmitidas pela RTP3, lembrando que passam agora dois anos desde que o Governo foi a Belém apresentar o plano da bazuca. Marcelo indicou que o encontro vai decorrer na próxima semana, com a presença de António Costa e dos ministros responsáveis pela execução do PRR.
Nestas declarações, o Presidente da República lamentou, por outro lado, a lentidão na execução dos fundos. "O que está a ser mais lento é a abertura de concursos, a tramitação dos concursos em que os intervenientes podem recorrer a tribunal e a adjudicação", começou por afirmar o chefe de Estado.
"A execução está a avançar em muitos aspetos, mas o que está a ser feito da execução ainda é pouco por causa desta tramitação administrativa, neste período em que há condições para avançar, mas a execução ainda não arrancou, ou arrancou e está a demorar", frisou, sublinhando que "a ideia é ter uma taxa de execução alta, mais alta possível dos fundos europeus".
Quanto a visitar o terreno, o Presidente da República anunciou que tenciona fazê-lo "no final de fevereiro" ou "início de março", em obras financiadas pelo PRR e já concluídas.
Os problemas de controlo
Marcelo Rebelo de Sousa apontou, por outro lado, as dificuldades de controlo e de acompanhamento dos fundos da bazuca europeia, dada a dimensão e rapidez de execução do PRR.
"Há dois problemas" identificados pelo Presidente da República. Por um lado, "a máquina que tem de dar resposta é mais sofisticada porque o tempo é curto", frisou o chefe de Estado, admitindo que "a sensação não é suficiente e a capacidade de resposta [dos serviços] é mais exigente do que era com os fundos anteriores".
(Notícia atualizada às 12:30 com mais declarações)