Notícia
Frente comum sem garantias de aumentos para salários baixos
A Federação da CGTP mantém greve de sexta-feira por não terem sido obtidas garantias sobre as 35 horas na Função Pública.
As propostas da Frente Comum para aumentos salariais dos funcionários públicos que recebem acima do salário mínimo, mas abaixo dos 1.500 euros, não tiveram está quinta-feira resposta positiva do Governo, segundo afirmou aos jornalistas a coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila. A questão dos descontos para a ADSE ficou, no entanto, em aberto.
"O Orçamento não vai ter dinheiro para aumentos salariais, nem sequer para o subsídio de almoço", afirmou Ana Avoila, no final de uma reunião com a secretaria de Estado da Administração Pública, Carolina Ferra.
No entanto, a coordenadora da Frente Comum também afirmou que a proposta que apresentou para a redução em dois pontos dos descontos para a ADSE ficou em aberto. "Vão-nos dar uma resposta" mais tarde, "não ficou fechado".
A questão da abrangência do desconto de até 1,5 pontos na TSU a cargo dos trabalhadores que recebem até 600 euros, que o Governo começou por defender que se aplicasse apenas ao privado, também será tratada em reunião posterior.
A Frente Comum marcou uma greve para sexta-feira, 29 de Janeiro, com o objectivo de antecipar a entrada em vigor da redução do horário para 35 horas. O projecto do PS prevê que seja em Julho e ainda contempla mais 90 dias para a regulamentação.
De acordo com Ana Avoila, o Governo não vê necessidade de regulamentar o diploma, mas remeteu a questão para o Parlamento.