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Silva Lopes: “Não podemos ir mais longe” no corte dos salários

Economista discorda de muitas políticas do Governo, mas diz que o maior culpado é a troika. Silva Lopes defende que a política de austeridade da União Europeia é “suicida” e conduz ao “abismo”.

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12 de Novembro de 2013 às 12:24
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O antigo ministro das Finanças, José Silva Lopes, lembrou, esta terça-feira, que já foi muito “crítico” em relação ao facto de Portugal ter tido uma “carga salarial da Função Pública sobre o PIB maior do que grande parte dos países da União Europeia”. Mas agora, a realidade já é outra.

 

“Esse rácio desceu bastante. Nos salários não podemos ir mais longe, já fomos longe demais. A não ser que queiramos o Estado mínimo”, defendeu o economista, durante a Conferência Anual da Ordem dos Economistas.

 

Além dos salários, Silva Lopes confessou-se “preocupado” com as pensões portuguesas, que têm um peso maior na economia portuguesa do que a média europeia. O responsável recordou que os pensionistas já representam um quarto da população portuguesa e defendeu que “temos de olhar mais para os novos e menos para os velhos”.

 

Apesar de discordar de muitas das políticas do actual Governo, Silva Lopes diz que o maior culpado é a troika, e especialmente, a Alemanha. “A Alemanha tem um modelo de política económica que é apertar, apertar, e logo se vê. A experiencia alemã não pode ser repetida em Portugal ou na Grécia”, referiu.

 

“Só com política de austeridade a União Europeia vai para o abismo. A política é suicida”, criticou o economista.

 

Sobre o fim do programa de assistência, Silva Lopes recordou que “há quem defenda que Portugal precise de um resgate de 30 mil milhões”, mas que a melhor solução “é tentarmos viver com um programa cautelar”. “Mas não sei se conseguiremos. Portugal não tem a mínima chance de sobreviver com as taxas do mercado, ou a União Europeia intervém ou não sei o que vai acontecer”, concluiu. 

 

 

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