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OE2018: quais são os ministérios "mais ricos" e os mais "pobrezinhos"?

Se a riqueza se medir pelo orçamento de cada ministério, o do Trabalho, tutelado por Vieira da Silva, é de longe o mais rico; seguido, não muito longe, pelas Finanças, que Mário Centeno lidera. No extremo oposto estão os ministérios da Cultura e do Mar.

José Vieira da Silva conta com o orçamento mais vultuoso no seu ministério do Trabalho
14 de Outubro de 2017 às 12:15
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O Ministério do Trabalho, tutelado por Vieira da Silva, é de longe o mais rico, se a medida considerada for o montante que está inscrito na proposta orçamental; seguido, não de muito longe, pela pasta das Finanças, que Mário Centeno lidera. No extremo oposto estão os ministérios da Cultura, que é conduzido por Luís Filipe Castro Mendes, e o Ministério do Mar, de Ana Paula Vitorino.

Os ministérios "mais ricos"
José Vieira da Silva, responsável pela tutela do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, volta a ser no próximo ano o ministro com o maior orçamento para gerir. Nada mais, nada menos do que 20.156,8 milhões de euros. Nada de estranhar, já que pensões e muitos dos principais apoios sociais saem deste bolo multimilionário. Contudo, de entre os 16 ministérios que compõem o Governo, é também o único que vê diminuir o valor de que disporá no próximo ano. Terá menos 59,7 milhões de euros face à execução estimada para 2017, o que corresponde a uma redução de 0,3%. 

Mário Centeno é o homem das Finanças e tem também um dos montantes mais elevados ao seu dispor. Ainda assim, inferior ao de Vieira da Silva. Com 15.429,5 milhões de euros, tem direito em 2018 a um crescimento de 18,7% (2.430,6 milhões de euros) face ao que estava orçamentado para 2017.

A completar o lote dos três ministérios com orçamentos mais avultados está o da Saúde. A despesa total consolidada prevista para 2018 é de 10.289,5 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 2,4% (239,1 milhões de euros) face ao estimado para 2017 e a um aumento de 4,4% (360,2 milhões de euros) face ao orçamento de 2017.

A despesa total consolidada no Ministério da Educação ascende em 2018 a 6.173,1 milhões de euros. Tiago Brandão Rodrigues contou em 2017 com o montante de 6.022,7 milhões de euros, pelo que no próximo ano terá mais 2,5% de valor orçamentado.

 
Os ministérios "abastados"

O Ministério do Planeamento, de Pedro Marques, é um dos que mais reforçam o montante para gerir em 2018. No próximo ano, a despesa consolidada ascende a 3.852,7 milhões de euros, que representa um crescimento de 645,1 milhões de euros, mais 20,1%, face à estimativa de 2017.


O homem da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, vê o seu orçamento crescer no próximo ano em 13,7%. O montante sobe 306 milhões de euros em relação à estimativa de 2017. No total, o homem das universidades e da investigação disporá de 2.543,4 milhões de euros.

 

Já Azeredo Lopes, ministro da Defesa, terá para gerir 2.151,3 milhões de euros, o que corresponde a um valor que cresce 7,5% face à estimativa inscrita no Orçamento do Estado para 2017.


Na Administração Interna, Constança Urbano de Sousa contará em 2018 com uma verba de 2.094,4 milhões de euros. Ou seja, terá um acréscimo de 5,9% face ao valor orçamentado para este ano no ministério que tem a seu cargo, nomeadamente a Protecção Civil e as polícias.

O Ministério do Ambiente é aquele que percentualmente mais vê reforçado o valor do seu orçamento em 2018. A despesa total consolidada para o próximo ano é de 2.142,2 milhões de euros, o que representa um crescimento de 75,8% (923,6 milhões de euros) face à estimativa de 2017.

Os ministérios "assim-assim"

Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia, também vê o seu ministério ser dotado de 2.079,9 milhões de euros, contra os 1.160,2 milhões do ano transacto, uma subida substancial de 56% face ao valor orçamentado em 2017 - o segundo maior acréscimo percentual no conjunto dos ministérios.

 

O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, é outro dos que vê o seu orçamento ser substancialmente reforçado. A reforma florestal que está na calha pode explicar em parte esse aumento. Em 2018 vai contar com 1.481,1 milhões de euros, o que representa uma subida de 49% em relação à estimativa orçamental de 2017, equivalente a 487,2 milhões de euros.

Na área da Justiça, Francisca Van Dunem vê o seu orçamento subir 7,7% face a 2017, contando no próximo ano com um valor global de 1.383,7 milhões de euros. 


Os ministérios mais "pobrezinhos"

O Ministério dos Negócios Estrangeiros, liderado por Augusto Santos Silva, terá em 2018 um orçamento de 396,2 milhões de euros, valor que, ainda assim, representa um aumento de 10,9% face ao montante estimado para este ano, ou seja mais 38,8 milhões de euros.

 

A despesa total consolidada no Ministério da Cultura, de Luís Filipe Castro Mendes, ascende no próximo ano a 480,5 milhões de euros. Na prática, um aumento de 11,3% face à estimativa orçamentada para 2017.

 

A despesa total consolidada prevista para 2018 do no chamado "Programa Governação" ascende a 438,5 milhões de euros, o que representa um crescimento de 2,6% face à estimativa de 2017. Questões como a modernização administrativa, a administração local e a igualdade de género e cidadania estão aqui incluídas. Abrange, na prática, dois ministros: Eduardo Cabrita, ministro adjunto, e Maria Manuel Leitão Marques, responsável pela Presidência e Modernização Administrativa.

Por fim, o orçamento do Ministério do Mar. De entre todos, é aquele que menos verbas recebe. Ana Paula Vitorino terá para gerir 98,9 milhões de euros, o que representa, ainda assim, um dos maiores aumentos face ao ano transacto (55,1%).

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